Devido ao alto grau do déficit público do Equador, sua inflaçao (43,4%, a mais alta da América Latina em 1998) e ao déficit da balança de pagamentos (9,6% em 1999), a desvalorizaçao poderá desembocar em uma flutuaçao a curto prazo, informou a empresa de análise financeira internacional Oxford Analytica, em Davos.
Se o Congresso aprovar o orçamento de 1999, que inclui dramáticos cortes na despesa social, esta crise poderá ser adiada, segundo o documento difundido durante o 29º Foro Econômico Mundial.
A desvalorizaçao contínua do real nas últimas semanas afetará o Equador de três maneiras, segundo a Oxford Analytica.
Em primeiro lugar, uma certa perda de competitividade dos produtos comuns ao Brasil no mercado internacional: café, banana e setor automotor. No momento, a desvalorizaçao do sucre ao longo de 1998 (55%) reduzirá o impacto.
Em segundo lugar, a suspensao das linhas de crédito e o fechamento de capital internacional para os países latino-americanos é um sério problema para toda a regiao, ``mas especialmente para o Equador, pois está no final da fila, sobretudo por causa da fragilidade de seus dados macroeconômicos e à lentidao de suas reformas estruturais'.
Finalmente, os depósitos do Banco Central equatoriano reduziram-se até US$ 1,52 bilhao por causa da pressao sobre as moedas latino-americanas, segundo o documento.
Segundo os especialistas, ``a aprovaçao do orçamento de 1999', que inclui uma reduçao do déficit de 5,9% para 2,6% do PIB, ``é crucial'.
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