Economia Titulo Mercado de trabalho
Profissões ligadas à tecnologia estarão em alta em 2022 na região

Indústrias química e de logística vão se destacar, conforme estudo de consultoria; profissionais devem ficar atentos às possibilidades

Nilton Valentim
Heitor Agricio
Especial para o Diário
18/10/2021 | 00:17
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Claudinei Plaza/DGABC


Profissionais ligados às áreas de tecnologia, finanças e contabilidade, engenharia, vendas e recursos humanos têm possibilidades de conseguir empregos com as melhores remunerações no Grande ABC no próximo ano, com salários que podem chegar próximo dos R$ 30 mil. A projeção se baseia no Guia Salarial 2022 da consultoria Robert Half, com recorte exclusivo feito para o Diário.

O estudo mostra que, pela ordem, as indústrias químicas e de logística serão as mais aquecidas no próximo ano, seguidas pelos setores de serviço e varejo. Dentre as profissões, gerentes de TI (Tecnologia da Informação), com salários entre R$ 17.050 e R$ 28.550; desenvolvedores, de R$ 7.650 a R$ 13,5 mil, e arquitetos de software, de R$ 12,3 mil a R$ 20,6 mil, serão os mais ‘cobiçados’ pelo mercado.

A Covid-19, que impactou a forma de se trabalhar, também contribui para a demanda nessa área. Leonardo Berto, headhunter (caçador de talentos) Robert Half, destaca que durante a pandemia as indústrias viveram um período de reestruturação, no qual tiveram mais tempo para analisar projetos e desenvolver ações como a implementar ou atualização de seus sistemas.

“A pandemia tem parte no crescimento, mas o ramo digital vem crescendo desde o surgimento de smartphones e dos aplicativos e isso gera cada vez mais demanda no setor tecnológico. O mundo físico está perdendo espaço para o digital desde antes da pandemia. As empresas nativas digitais crescem mais e absorvem o segmento que não era digital”, aponta o especialista.

Ele ainda destaca a popularização do home office. “Isso quebra a barreira geográfica e profissionais brasileiros podem trabalhar para qualquer lugar do mundo estando em dentro de suas casas. É o caso, por exemplo, dos programadores”, elenca.

Embora o País tenha quase 14 milhões de desempregados, há uma carência de profissionais bem preparados e, por isso, é importante que quem esteja sem emprego busque se aprimorar. Da mesma forma, os que estão empregados precisam se atualizar. “O profissional fora do mercado, mesmo com as adversidades, deve buscar se qualificar em outras áreas e revisitar as que já conhece. Utilizar o tempo livre para fazer cursos e se especializar em áreas como, por exemplo, idiomas ou pacote Office. Os que estão no mercado devem levar em consideração quais qualidades e diferenciais fazem com ele seja um profissional da área seja mais valorizado. Basicamente, se perguntar ‘qual qualidade me faria um profissional menos dispensável’”, explica Berto, ressaltado que as crises geralmente criam oportunidades e que é preciso estar atento a elas.

PROJETOS
A Robert Half destaca que as empresas do Grande ABC têm uma característica em comum, que é a forte orientação para projetos, que puxam o aquecimento do mercado de trabalho na região. Ou seja, oferecem vagas para quem mora nas sete cidades.

A consultoria mostra ainda que está em alta a contratação de mão de obra para projetos especializados, com maior demanda por profissionais para iniciativas de eficiência (operacional, automação, revisão de estrutura de layout de fábrica), transformação digital (implementação ou renovação de sistemas) e relacionados ao desenvolvimento de novos negócios.  




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