As escutas telefônicas feitas entre o início de 2002 e junho deste ano mostram que o suposto esquema não envolvia apenas policiais federais, mas diálogos mostram também a participação de integrantes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e até do Instituto de Criminalística (IC) do Estado. Em 7 de agosto de 2002, por exemplo, duas conversas interceptadas pela PF mostram que peritos da polícia paulista teriam elaborado laudos de interesse do grupo. "O cara vai dar o laudo lá e, dentro do laudo, vai dar uma proteção de R$ 80 mil. Prova que houve um pacto", diz um dos interlocutores de um diálogo referente à apreensão de anabolizantes.
Em outra conversa gravada em junho de 2002, o delegado aposentado Jorge Luiz conversa com outra pessoa, a quem informa que estava tratando de um caso envolvendo o Banco Central (BC), Deic e PF.
A conversa está sendo analisada pela PF, que investiga se há ligações do grupo com outros órgãos oficiais, uma vez que em várias escutas aparecem nomes não apenas do BC, mas também da Caixa Econômica Federal (CEF), entre outros.
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