Há uma semana, Maria Célia Vargas falou ao telefone com seu filho, hoje com 18 anos de idade, e decidiu ir à França depois de ter conseguido com a ajuda de Suplicy financiamento do governo para sua viagem.

O caso Hugo Rozner e a luta da mãe para encontrá-lo emocionaram a opinião pública que acompanhou durante muito tempo o caso no noticiário.

Casada com o francês Raymond Rozner, que ela conheceu em Paris, em 1975, quando trabalhava na embaixada do Brasil, Maria Célia Vargas foi com ele para Miami em 1980. Ela afirma ter se separado do marido e voltado ao Brasil depois de desconfiar que ele estava ligado ao crime organizado.

Raymond Rozner veio ao Brasil várias vezes após o nascimento de seu filho, em maio de 1983. Numa visita em dezembro de 1986, ele raptou a criança e a partir de então Maria Célia Vargas não o viu mais.

Novamente casada e mãe de outras duas crianças, ela alertou as autoridades brasileiras e francesas para tentar achar seu filho, mas até poucos dias não tinha resposta, o pai sumia a cada tentativa de visita.

Em abril passado, ela encontrou o primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, em visita oficial ao Brasil, e lhe pediu ajuda.

Segundo o senador Suplicy, que acompanha Maria Célia Vargas em sua viagem à França, o ministro francês da Justiça foi informado há duas semanas pelo serviço social da cidade de Nice da presença de Hugo Rozner na cidade e passou esta informação às autoridades brasileiras.

Maria Célia Vargas pôde rever seu filho depois de tê-lo procurado durante 14 anos.