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Oposição de Sto.André questiona pagamento à Enterpa
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
27/06/2001 | 00:14
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O pagamento de R$ 7 milhões à empresa de lixo Enterpa – em virtude de sentenças judiciais – despertou o interesse dos vereadores de oposição de Santo André, que querem esclarecimentos do prefeito Celso Daniel (PT). O valor consta do projeto do prefeito que tramita na Câmara solicitando a abertura de dois créditos adicionais no valor de R$ 33,6 milhões. A matéria foi aprovada ontem, mas ainda depende de segunda votação, marcada para amanhã.

Diante da polêmica, o vereador Fernando Gomes (sem partido) apresentou pedido de informações para saber o valor original da dívida, quando ela foi contraída e se a medida não causará prejuízos ao erário. “Não estamos acusando, mas queremos esclarecimentos”, disse.

O líder do PT, vereador José Montoro Filho, o Montorinho, disse que todas as informações serão entregues pelo governo até amanhã. “Acho que o Fernando está procurando pêlo em ovo. Infelizmente, a oposição quer inviabilizar um projeto importante. Os serviços da Prefeitura precisam de andamento. O remanejamento de verba se faz necessário para a cidade não parar”, disse o petista.

O líder do PTB, Luiz Zacarias, disse que recebeu informações do próprio secretário de Finanças, Sérgio Vital e Silva, de que os R$ 7 milhões são para pagar dívidas com a empresa de lixo. “Queremos explicações, principalmente da origem da dívida”, afirmou.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, os R$ 7 milhões não se tornaram precatório. De acordo com a assessoria, trata-se de acordo judicial entre a Prefeitura e a empresa Enterpa referente a uma dívida de 1999.

Como não é precatório, a administração informou que não haverá quebra de ordem cronológica. Hoje, a empresa de lixo que presta serviços na cidade é a Rotedalli. O acordo aconteceu após o fim de contrato com a Enterpa.

Destinação – Dos 33 milhões que o prefeito pede para remanejar no Orçamento, 34% serão destinados para a área da educação. A oposição a Celso diz que ele quer investir mais no setor porque nos últimos três anos o TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou que ele não aplicou os 25% exigidos por lei.




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