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PL apóia reeleiçao em Mauá
Vinícius Casagrande
Da Redaçao
07/10/2000 | 00:15
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Os quatro vereadores eleitos pelo PL, Pastor Altino Moreira dos Santos, Diniz Lopes do Santos, Zeferino Ferreira e Claudete Porto, além do candidato derrotado a vice-prefeito do partido, Pastor José Maria, declararam sexta apoio à candidatura à reeleiçao do prefeito licenciado Oswaldo Dias (PT). Os quatro eleitos somaram 11.981 votos. "É muito satisfatório receber o apoio de três vereadores reeleitos do PL e de lideranças evangélicas. Isso por si só nao garante a vitória, mas é muito significativo para nós", afirmou Dias.

Segundo Diniz, que é presidente da legenda, a decisao foi tomada em reuniao com os principais membros da Executiva Municipal do partido. "Essa é uma posiçao do Partido Liberal. O Cincinato está sozinho em sua decisao", disse, referindo-se ao fato de o candidato derrotado à Prefeitura Cincinato Freire (PL) ter afirmado que nao apoiará o petista no segundo turno.

Diniz confirmou ter rompido com Cincinato desde o fim das eleiçoes do primeiro turno. "Fomos fiéis e defendemos o Cincinato até o dia 1º de outubro às 17 horas. Se nao fomos para o segundo turno, nao foi por falta de esforço. A atitude dele foi precipitada e desrespeitou o partido. Já no dia seguinte das eleiçoes, ouvíamos dizer na cidade que ele estava com o Leonel (Damo)."

O liberal afirmou que a decisao foi tomada em funçao da posiçao do partido como base de sustentaçao ao governo no Legislativo. "Já damos suporte na Câmara e seria até incoerente apoiar o outro candidato. Sempre estivemos juntos e se o povo está com o prefeito, o PL tem muito nisso, pois esteve junto nos momentos difíceis e decisivos."

Com a aliança entre os dois partidos, Dias já conta com a sustentabilidade de seu governo, que caso confirme sua reeleiçao, poderá ter maioria na Câmara. A Coligaçao Mauá Unida conseguiu eleger nove vereadores e, com os quatro do PL, passará a contar com 13 dos 21 parlamentares da Casa. "Por uma coincidência o número é o mesmo do PT", disse o prefeito em exercício e candidato à reeleiçao ao cargo de vice-prefeito, Márcio Chaves Pires (PT).

Quanto a uma possível negociaçao para que o PL tenha mais espaço dentro da administraçao, Dias adiantou apenas que haverá uma maior unidade entre os dois partidos. "Quando vencemos as eleiçoes buscamos um bloco de sustentaçao, mas que ficou um pouco aberto. Na medida que há mais compromissos, estaremos bem mais fechados para trabalhar."

Em relaçao a uma eventual secretaria a ser destinada aos liberais, Dias afirmou que o assunto ainda nao foi conversado. "Por enquanto, em nenhum momento discutimos o quanto de espaço poderá haver para o partido, mas nada está descartado. Vamos ter de conversar somente após as eleiçoes."

Isolado em sua decisao de nao apoiar o petista, Cincinato poderá sofrer sançoes partidárias após o término do segundo turno. "Ele corre um sério risco de sofrer puniçoes, mas isso é algo que só vamos analisar após o dia 29. Por enquanto, vamos colocar todas as forças para reeleiçao do Oswaldo", afirmou Diniz.

Entre os apoios conquistados ontem com os liberais está o de três lideranças evangélicas: Pastor Altino e Zeferino, da Universal, e Pastor José Maria, da Assembléia de Deus. "Na campanha, o adversário usou uma declaraçao minha de forma indigna. Tentaram colocar em dúvida minha fé em Deus e fico feliz em ter o apoio de três evangélicos", disse Chaves.




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