A NBA nunca deu tanta bola para o Brasil. Desde que Michael Jordan deixou as quadras, os dirigentes do milionário basquete norte-americano não perderam tempo e resolveram abrir as fronteiras do país para os jogadores estrangeiros, vindos de toda as partes do mundo, como Sérvia e Montenegro, Croácia, Argentina e até da China. Para o próximo ano, a Liga pretende invadir o mercado brasileiro apostando nas imagens Nenê Hilário, Leandrinho Barbosa e Alex Garcia.

A primeira ação de marketing ocorrerá no primeiro sábado de janeiro, com o início das transmissões ao vivo da NBA por uma emissora de TV aberta, a Rede TV!, sempre no mesmo horário (22h). Em entrevista ao Diário, o diretor de marketing da NBA, Dean Schwartz, avisa: “Estamos em 212 países do mundo. Agora, com as imagens dos jogos ao acesso de todos, a Liga pretende massificar a paixão pelo esporte no Brasil”.

Os homens de negócio da NBA abriram os olhos depois do retorno que obtiveram, principalmente, dos países mais populosos do mundo. Um exemplo disso foi a primeira transmissão da partida do jogador chinês Yao Ming em seu país, entre Houston Rockets e Lakers, que rendeu 300 milhões de telespectadores. "A exibição do jogo teve praticamente a população inteira dos Estados Unidos na frente da TV. Isso é incrível", disse Dean, que sonha com o retorno também no país do futebol. "O Brasil é um mercado promissor. Temos certeza de que vamos obter sucesso", afirmou.

Mas a NBA não ficará limitada apenas às transmissões. Além da recente inauguração do site em português, a Liga venderá seus produtos em mais de 300 lojas espalhadas por todo o país. “Os amantes do basquete terão acesso à moda NBA, com materiais esportivos, além de inúmeras opções de roupas para o dia-a-dia”, afirmou Marcos Caruso, responsável pela NBA no Brasil.

As réplicas das camisas dos jogadores – inclusive a dos brasileiros, "Hilário" (Denver Nuggets), "Barbosa" (Phoenix Suns) e "Garcia" (San Antonio Spurs) – já podem ser encontradas nas lojas de esporte por aproximadamente R$ 90. Agora, a novidade é a chegada da moda street wear (estilo urbano), como bermudas, calças cargos e jeans, que serão oferecidas em lojas de surfe e skate.

Pirataria– Uma das principais preocupações da NBA no Brasil são os produtos falsificados. "Como não há controle do governo contra a pirataria, resolvemos fazer uma linha segmentada de produtos, todos acessíveis ao bolso do brasileiro", disse Dean. As roupas, oficiais da NBA, serão vendidas nas grandes lojas de departamentos. Uma camiseta custará cerca de R$ 20. "Com essas ações, apoiadas em campanhas sociais, pretendemos tornar o basquete o segundo esporte mais praticado no Brasil, atrás somente do futebol", disse Dean.