O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), assegurou que o custo da construção da sede do Poder Legislativo da cidade não vai ultrapassar R$ 38 milhões, limite contratual. Segundo o petista, a mesa diretora fará uma avaliação da quantidade de dinheiro público utilizado para erguer a edificação na região do Paço.

“Ainda não tenho estimativa, mas posso afirmar que será menos que R$ 38 milhões. Foi muito gasto aqui. Há determinação nossa de nenhum centavo além do que foi designado”, afiançou o chefe do Legislativo são-bernardense.

Idealizada pelo ex-presidente da Casa Hiroyuki Minami (PSDB), a nova estrutura legislativa foi orçada inicialmente em R$ 36,1 milhões. Contestado pelos vereadores da antiga legislatura, o valor foi reduzido por Minami para R$ 28,4 milhões no acordo firmado com a Cronacon, em novembro de 2011.

Apesar de Tião não falar em estimativa, especula-se que a quantia investida no novo prédio deva chegar a R$ 35 milhões, apenas R$ 1,1 milhão a menos que o montante inicial projetado por Minami e extremamente criticado por outros vereadores. No contrato firmado com a Cronacon, o tucano adicionou cláusula permitindo prorrogação do convênio com possibilidade de acréscimo de 25% no valor original.

“Aditamos o contrato em 25%, mas não vamos utilizar esse percentual. Vamos economizar alguns pontos. Um exemplo é a brisa, que queriam instalar por R$ 700 mil. Não vamos colocar isso e economizar”, disse Tião.

O petista garantiu que o prédio completo será entregue no dia 30, “sem mais nenhum dia”. Setembro do ano passado foi o prazo inicial de inauguração dado durante assinatura do contrato. “Os representantes da empresa vieram nesta semana e reafirmaram que vão entregar dia 30. Depois de tantas idas e vindas, eles vão cumprir o prazo”, afiançou o presidente da Casa, que refutou fazer cerimônia de inauguração da edificação. “Não vai haver inauguração, já há muita placa por aí.”

No dia 12 de dezembro, Minami descerrou a fita de inauguração da nova estrutura ainda inacabada, no improviso, com funcionários da empresa trabalhando e forte cheiro de tinta no hall do Legislativo. O tucano também autorizou os trabalhos na Casa mesmo sem alvará e o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), o que ocasionou o impedimento da acolhida das primeiras sessões do ano. A Faculdade de Direito e o auditório da Associação dos Funcionários Públicos serviram como sede aos parlamentares.

ESPAÇOS OCIOSOS

Tião admitiu estudar a implementação de biblioteca e restaurante na Câmara, já que há espaços ociosos na nova estrutura. Há também avaliação para instalação de um ambulatório médico na Casa, a pedido do vereador Fábio Landi (PSD). “Há média de 300 pessoas que estão na Casa entre assessores e munícipes. Isso ajudaria muito porque o lugar mais perto para se almoçar, por exemplo, é o Shopping Metrópole”, atestou.