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Sto.André volta a reclamar do fornecimento de água

Paço acusou redução da vazão no momento em que Sabesp voltou a cobrar dívida do Semasa

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
26/01/2018 | 07:00
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Santo André voltou a acusar a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) de reduzir o fornecimento de água para o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). O novo desencontro entre Santo André e a Sabesp acontece em um momento no qual as conversas que visam equacionar o passivo bilionário do Semasa estão paralisadas.

A autarquia informou que a redução vinha acontecendo desde o dia 19 e que o serviço foi restabelecido ontem. “O fornecimento de água para Santo André pela Sabesp foi normalizado hoje (ontem), com a média entregue de 2,3 metros cúbicos por segundo desde o início da manhã (de ontem)”, Segundo a autarquia, alguns pontos da cidade, “como Vila Suíça e Parque Miami”, ainda poderiam sofrer com problemas de abastecimento, mas que hoje tudo estará normalizado.

De acordo com comunicado divulgado na quarta-feira pelo Paço, o problema era mais frequente nos horários de maior consumo, entre 11h e 18h, causando falta de água para alguns bairros do município.

No Parque Miami, o estoquista Adevair Borges da Silva contou ao Diário que chegou a ficar três dias sem água. “Voltou hoje (ontem), mas foi uma situação complicada. Neste calor, as crianças sofrem bastante. Nunca tivemos esse tipo de problema antes”, comentou.

Por outro lado, a Sabesp afirmou que desconhece qualquer problema com o fornecimento. “A Sabesp informa que não houve alteração no envio de água para o município de Santo André. A companhia encaminha o volume acordado com a gestão municipal para o abastecimento da cidade”, destacou em nota.

A dívida cobrada judicialmente pela estatal gira em torno de R$ 3,4 bilhões, valor, que, no entanto, é contestado pela autarquia local. O Diário mostrou que o levantamento, segundo relato do chefe do Executivo, aponta que o patrimônio do órgão municipal é de R$ 4 bilhões.

Recentemente, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, pontuou que ainda aguarda o recebimento formal do estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas), contratado pelo governo Paulo Serra para dar sequência às tratativas. 




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