Política Titulo Dados eleitorais
Na região, apenas 45,5% dos eleitores já realizaram cadastro biométrico para a próxima eleição
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
21/04/2019 | 10:40
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Andrea Iseki/Arquivo DGABC


Apenas 45,5% de todo eleitorado do Grande ABC realizou cadastro biométrico nos cartórios eleitorais para votar na próxima eleição de 2020, quando serão escolhidos vereadores e prefeitos. Em números reais, dos 2.105.938 eleitores da região, apenas 958.254 se cadastraram, segundo dados atualizados fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Com maior número de eleitores entre as sete cidades – 625.476 pessoas – São Bernardo segue na liderança com mais eleitores com cadastro biométrico. Até o momento, 318.472 pessoas aptas a votar se dirigiram aos cartórios eleitorais para realizar cadastro. O número equivale 50,9% dos eleitores.

Santo André é cidade com a segunda maior população apta a votar no Grande ABC. São, ao todo, 574.268. Na cidade, 253.070 eleitores já realizaram a biometria, o que equivale 44%.

Dos 334.736 eleitores em Diadema, 149.529 foram cadastrados, ou seja, 44,6% do total de pessoas aptas a votar na cidade. Mauá com seus 308.545 eleitores já cadastrou 123.714, o que representa 40,1% da população apta a registrar o sufrágio.

No Grande ABC, três cidades serão obrigados a cadastrar biometria para participar da eleição de 2020. São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A obrigatoriedade do cadastro está em vigência desde o dia 4 de fevereiro e deve perdurar até dia 19 de dezembro deste ano.

Destas cidades, São Caetano é a que tem o maior eleitorado e também a que mais realizou cadastro biométrico. São 61.089 eleitores já ‘biometrizados’, dos 13.147 eleitores, o que equivale 44,5% do total. Em Ribeirão Pires são 90.882 pessoas aptas a votar e 39.097 eleitores já se cadastraram, o que equivale 43%. Rio Grande da Serra vem na rabeira já que apenas 13.283 pessoas dos 34.884 eleitores realizaram biometria, 38% do total.

Considerada pela Justiça Eleitoral como método de aperfeiçoamento da segurança dos pleitos – eleitores são identificados no ato do voto por meio da impressão digital –, o objetivo do TSE é biometrizar todos os eleitores do País até 2022.<EM>

O registro biométrico pode ser realizado no cartório em que o eleitor esteja inscrito ou em qualquer unidade do Poupatempo com serviços eleitorais. É preciso agendamento prévio, segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).

É necessário também levar um comprovante de endereço com nome e que tenha menos de três meses, assim como o RG original, carteira de trabalho, carteira profissional emitida por órgão criado por lei federal, certidão de nascimento ou certidão de casamento.

Zona eleitoral realiza ação por nome social

Com objetivo de trazer dignidade à população LGBT, em especial pessoas transexuais, a 306ª Zona Eleitoral de Santo André, em conjunto com ativistas, irá realizar atividade de intensificação para que pessoas que se identifiquem com outro gênero possam utilizar o nome social no título de eleitor. A ação ocorrerá entre os dias 6 e 10 de maio.

Segundo Marcelo Gil, ativista da causa LGBT no Grande ABC, a ação será pioneira na região e há a intenção de se espalhar para outras zonas eleitorais das sete cidades. “Todas as pessoas que tenham acesso à zona eleitoral podem comparecer para requerer o nome social. Basta levar documentação correta”, declarou.

A opção pela autoidentificação foi reconhecida pelo TSE em sessão administrativa realizada no início do ano passado. E eleitores transexuais e travestis tiveram prazo de 3 de abril a 9 de maio de 2018 para solicitar a inclusão do nome social no título de eleitor, no caderno de votação da eleição de 2018 e atualizar sua identidade de gênero no Cadastro Eleitoral.

“Isso eleva a autoestima da pessoa. Afinal, ela está conseguindo um documento que carrega o nome de acordo com o sexo que se identifica. A pessoa terá um documento oficial com seu nome, esse é um passo muito grande”, disse Marcelo Gil.

Segundo o ativista, a ideia é realizar um mutirão para organizar a ação e conseguir chamar o maior número de pessoas que se identifiquem com a situação. Apesar de não fechar um número, Gil acredita que mais de mil pessoas poderão se dirigir à 306ª Zona Eleitoral para requerer a nova documentação com o nome social.
 




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