Política Titulo Editorial
Dados preocupantes
Do Diário do Grande ABC
22/01/2019 | 11:57
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É inegável que atender à crescente demanda pelo serviço público de saúde, sobretudo em um País de cerca de 13 milhões de desempregados, exige que as administrações destinem cada vez mais recursos para a área. Mas como fazer isso quando também se sabe que as receitas oriundas de tributos e taxas seguem ladeira abaixo no rastro de uma crise que tem se mostrado difícil de debelar, em que pese uma boa notícia aqui outra ali no que se refere à abertura de postos de trabalho e recuperação econômica? Claro está que a conta não vai fechar, na medida em que o gasto aumenta e as despesas sobem.

Saúde é, muito provavelmente, o maior calcanhar de Aquiles de qualquer gestor público em todo o País, mas é por demais preocupante saber que três prefeituras do Grande ABC ficaram abaixo da média nacional de investimento – com recursos próprios – na área por habitante, conforme levantamento do Conselho Federal de Medicina, com base em dados de 2017. Também não é nada animador constatar que outras três até superam os R$ 403,36 destinados a cada morador do Brasil quando se pega o bolo de recursos despendidos e se divide pela população. Até porque, a região ostenta a quarta posição no ranking de geração de riquezas no Brasil.

Obviamente não se pode colocar as sete cidades que formam o Grande ABC, de aproximadamente 2,7 milhões de habitantes, no mesmo balaio quando se mede a força econômica de cada uma delas. O levantamento em tela mostra isso claramente, na medida em que aponta Rio Grande da Serra como a cidade que menos investe em saúde na região, com apenas R$ 279,84 por morador, enquanto São Caetano está entre as que mais destinam recursos à área no País, com R$ 1.354,49. Não é segredo para ninguém que a primeira tem um dos menores orçamentos da Região Metropolitana de São Paulo. 

Apesar das dificuldades, a maioria das prefeituras gasta com saúde cerca de 30% do orçamento anual, embora lei federal determine um mínimo de 15%. Recursos que têm sido insuficientes para atender à demanda, mas muito acima da capacidade dos municípios. Portanto, passou da hora de Estados e União assumirem mais responsabilidade com essa conta.




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