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Bancários rejeitam aumento de 7,5% e greve continua

Paralisação em todo o País chega hoje ao 16º dia; região tem 329 agências fechadas

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
21/10/2015 | 07:28
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O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de 7,5% de reajuste salarial feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Trabalhadores e empresários se reuniram no fim da tarde de ontem em hotel na Capital para tentar por fim à greve da categoria, que chega hoje ao 16º dia. Foi a primeira negociação entre as partes desde o início da paralisação nacional.

A greve continua hoje e outra reunião será realizada às 11h, no mesmo local.

A primeira proposta feita pelos banqueiros previa aumento de 5,5% mais abono salarial de R$ 2.500. Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a oferta inicial era de 90% do salário mais R$ 1.939, limitado a R$ 10.402.

Na reunião de ontem, a Fenaban subiu a oferta para 7,5% – índice que seria aplicado para corrigir todas as cláusulas econômicas, como a PLR e os vales refeição e alimentação. No caso específico do salário, não haveria abono.

“Rejeitamos a proposta na mesa de negociação. Já deixamos claro aos banqueiros que, abaixo da inflação, não tem nem conversa”, garante o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira. No acumulado de 12 meses até agosto (data-base da categoria), o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador usado como base para correções salariais, atingiu 9,88%.

“É um absurdo o fato de oferecerem algo abaixo disso, já que os bancos são os que mais lucram no País”, acrescenta o sindicalista.
Os trabalhadores reivindicam 16% de reajuste – sendo 5,7% de aumento real e o restante de reposição da inflação. A categoria também exige PLR de três salários mais R$ 7.246.

REGIÃO - Segundo o sindicato, 5.700 bancários interromperam as atividades ontem em 329 agências do Grande ABC. Ao todo, são 7.000 trabalhadores e 400 unidades na região. 




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