Política Titulo Diadema
Servidores aceitam proposta do Paço e terão reajuste de 6,73%

Outros pontos, como vale-refeição, serão debatidos posteriormente pelo funcionalismo

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
04/04/2014 | 07:27
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Celso Luiz/DGABC


A maioria dos servidores públicos de Diadema decidiu aceitar a contraposta do prefeito Lauro Michels (PV) e terão reajuste salarial de 6,73%. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de ontem na sede do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema).

Embora a categoria reivindicasse aumento de 10%, mais acréscimo em alguns benefícios, o funcionalismo optou por concordar com índice menor, mas continuará a brigar pelo aumento nos vales de alimentação.

No documento endereçado ao Sindema, Lauro destaca que tem de respeitar a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), mas se compromete a estudar outras pautas reivindicadas, como o abono aos servidores. Após a coletiva de ontem, o prefeito reafirmou a inviabilidade de oferecer reajuste superior ao índice apresentado à categoria, já que o Paço beira o teto de 54% do Orçamento com gastos de pessoal.

“O que o governo tem é isso aí (6,73% de reajuste). Os funcionários têm de ficar felizes com o que foi proposto. Havia seis anos que eles não tinham aumento em dois anos seguidos”, disse o verde. O sindicato, porém, não concordou com o prefeito. “Isso não é verdade. Posso apresentar todos os acordos que foram feitos desde 2005. Com exceção de 2007 e 2011, que tivemos duas grandes greves, todos os outros anos tivemos acordo. Infelizmente, ele (Lauro) desconhece a história”, criticou a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves.

O reajuste será pago ainda neste mês e será retroativo a março. Segundo a Prefeitura, o aumento causará impacto de aproximadamente R$ 31 milhões na folha de pagamento. A ideia é continuar a pauta de negociação para garantir melhorias no convênio médico e para implantação do plano de cargos e salários.

HISTÓRICO
A negociação entre o Parque do Paço e o funcionalismo atingiu seu ponto crítico em 2011, quando o então prefeito Mário Reali (PT) alegava não ter condições de atender às reivindicações da categoria. A falta de consenso originou a maior greve da história da cidade, que durou 23 dias. A paralisação só foi encerrada por determinação da Justiça do Trabalho.
 




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