O empate do Santo André contra o Corinthians, sábado à tarde, no Bruno Daniel, pela Série B do Brasileiro, não era o resultado que Sérgio Soares esperava. O técnico destacou a importância do 1 a 1, mas acha que o time local merecia muito mais. Afinal, segundo ele, a equipe conseguiu encarar de frente o líder do campeonato em condições de igualdade. No entanto, admite que os donos da casa criaram pelo menos duas ou três boas chances para definir o placar (tanto quanto o adversário, que também desperdiçou pela falta de pontaria).

"Teria sido melhor, mas acredito que valeu a nossa luta. Não podemos esquecer que pegamos o favorito ao título. O Corinthians já avançou um degrau e tem tudo para segurar uma das quatro vagas. Também estamos na briga pelas três restantes", supõe Sérgio Soares, que assumiu algumas falhas.

Apesar dos elogios à superação do Santo André, principalmente do combativo Jeferson, o treinador reconhece que uma falha de posicionamento levou o Corinthians a escapar de um tropeço no estádio Bruno Daniel. "Vacilamos muito na marcação. Eles (do Corinthians) se aproveitaram e nos pegaram de surpresa", disse.

Quanto ao desabafo de Mano Menezes - reclamou de pênaltis que teriam sido ignorados pela arbitragem - Soares ironizou o técnico do Corinthians. "Ele (Mano Menezes) viu outro jogo. É o jeito dele. A exemplo do Vanderlei (Luxemburgo), o Mano é de protestar contra tudo", rebateu o comandante do Santo André, que concedeu uma concorrida entrevista coletiva nos vestiários do Bruno Daniel.

Entre as qualidades atribuídas ao Santo André, Sérgio Soares destacou o estilo combativo de quem, segundo ele, não se intimidou diante da suposta superioridade alvinegra. "Nunca vamos baixar a cabeça", avisou.

Já Marcel, que curtiu a tietagem das crianças, tem a mesma opinião. O xerife acredita que o Santo André poderia vencer, mas admite que o 1 a 1 ficou de bom tamanho.

 Enquanto isso, a notícia da morte do pai de Márcio Mixirica, confirmada nos vestiários, quebrou o clima. Ele saiu de lá aos prantos.