Política Titulo Mudança da LOM
Câmara de Mauá devolve reeleição para presidente

Emenda abre brecha para que vereador que mudar de sigla seja reconduzido na mesma legislatura

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
07/03/2018 | 07:00
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Emenda à LOM (Lei Orgânica do Município) aprovada ontem na surdina pela Câmara de Mauá abre brecha para que o presidente da Casa seja reeleito à mesa diretora na mesma legislatura. Desta forma, os parlamentares devolvem o direito à reeleição ao cargo, extinto em 2011.

O texto aprovado ontem em primeiro turno altera o parágrafo 2º do artigo 17º da LOM, que veda textualmente a “reeleição dos integrantes da mesa diretora para o mesmo cargo na mesma legislatura” e inclui em sua redação a exceção para casos em que o parlamentar mudar de partido.

Atual presidente da Casa, Admir Jacomussi (PRP) é potencial candidato do governo do filho, Atila Jacomussi (PSB), para a Assembleia Legislativa ou para a Câmara Federal. Para tanto, o parlamentar tende a trocar de legenda. Ainda assim, o mandatário argumentou que a emenda aprovada ontem não derruba o fim da reeleição. Segundo Admir, a alteração permitirá apenas que parlamentares que integram a mesa diretora e que mudarem de legenda pela qual foram eleitos possam concorrer ao mesmo cargo, porém apenas para o mesmo biênio. “Além disso, não está garantida sua vitória, porque haverá uma nova eleição”, justificou.

Ocorre que o dispositivo legal modificado ontem trata explicitamente de proibição para a legislatura e não apenas para os biênios. Pela regra aprovada ontem – ainda precisa ser avalizada em definitivo –, se Admir trocar de partido para disputar a eleição de outubro, poderá ser reconduzido ao posto para gerir o Legislativo nos dois últimos anos da legislatura.

A alteração à legislação maior do município não estava na ordem do dia e foi incluída de última hora, minutos antes do início da sessão. A leitura do projeto, inclusive, foi feita às pressas por Admir. Na hora da votação, o vice-presidente Betinho Dragões (PR) solicitou a apreciação englobada dos projetos, o que dispensou nova leitura do texto. O projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, já que apenas o oposicionista Marcelo Oliveira (PT) foi contrário.

A Câmara também aprovou, em primeiro turno, projeto do governo Atila que reduz o valor das horas trabalhadas dos servidores da Educação na tabela salarial. O Sindserv (Sindicato dos Servidores) de Mauá esteve na Casa pela manhã e não impediu a votação do texto. 




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