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Saúde de Santo André está descuidada, diz Aidan
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
07/03/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


“A Saúde de Santo André está descuidada”. A frase foi proferida pelo ex-prefeito e médico da rede municipal há 24 anos Aidan Ravin (PSB), ao comentar caso do bebê de 2 meses que tomou vacina contra o rotavírus vencida na USF (Unidade de Saúde da Família) Vila Linda, revelado pelo Diário na quinta-feira. A criança passa bem.

De acordo com o ex-chefe do Executivo, o caso é de “extrema gravidade”, destacando acreditar que o fato mude conduta por parte da Pasta. “Acredito que a administração (municipal) não queria isso, mas houve descontrole. É um trabalho intenso, que necessita ampla fiscalização. Tem por obrigação por incinerar os vencidos. Graças a Deus não ocorreu nada com a criança, contudo é um risco que a Saúde não pode correr”, assegurou.

Segundo Aidan, situações como esta podem provocar problemas irreversíveis, não por conta de se ingerir medicamento vencido, mas sim pela falta de proteção ao sintoma. “Deixou de proteger um bebê. Ainda bem que foi possível identificar, pois, caso contrário, o rotavírus é uma doença de grau elevado”, argumentou.

Prefeito em Santo André entre 2009 e 2012, o socialista apareceu como líder na pesquisa de intenções de voto, feita pelo DGABC Pesquisas, encomendada pelo Diário, publicada no domingo. No panorama, Ainda tem 24,5%, contra 15,5% do atual prefeito Carlos Grana (PT).

Contudo, o socialista evitou criticar nominalmente o responsável do setor, Homero Nepomuceno Duarte (PT). Salientou apenas que o momento da Saúde destoa da política e que precisa ser mais priorizada. Aidan citou como exemplo as seguidas vistorias realizadas pelo G-12, ala de vereadores de independentes, pelos equipamentos da Saúde. “G-12 fez um trabalho muito bom de revelar em quais condições estão os equipamentos públicos. Cabe agora um relatório para que detecte e comece a realizar intervenções necessárias. Precisa ser um projeto sem vaidades, que apenas aponte e melhore a condição dos moradores da cidade”, opinou.

“O que se sabe na cidade é que ocorreu demissão de aproximadamente 300 médicos e não se sabe se houve reposição desses profissionais. Se tiverem sido substituídos por pessoas também capacitadas, não compromete a qualidade do serviço”, complementou.

COMPARAÇÃO
O ex-prefeito andreense não deixou de comparar seu mandato com a atual administração em ações feitas para a Saúde. Aidan relembrou que entre os projetos diferenciais de sua gestão estava o planejamento de trabalho diário. “A medicina, mais do que as outras profissões, exige humanização na condução. E parece que essa questão está se perdendo, pois quando há um problema, automaticamente se inicia um conflito, enquanto que a preocupação deveria ser pela resolução”, complementou.




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