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Sindicalista sugere debate sobre reforma política
Da Agência Brasil
17/07/2007 | 17:55
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O CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) deve se reunir com representantes de todos os partidos políticos com representação no Congresso Nacional para debater os rumos da reforma política. A sugestão foi dada na reunião desta terça-feira do conselho pelo presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Antônio Neto. Segundo Neto, o encontro poderia esclarecer aos membros do conselho a viabilidade da reforma política.

A idéia foi bem recebida pelo ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que preside o conselho. Ele se comprometeu a tentar viabilizar o encontro no próximo mês. “O fato de o Congresso Nacional não encontrar um consenso não significa que vamos parar de discutir. A orientação do presidente é conversar e negociar com o Congresso o tempo todo, buscando algum consenso”, disse o ministro.

A coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, defendeu que as reformas devem valorizar a cidadania. “Tanto a reforma política como a tributária devem ter como pano de fundo promover a todos, principalmente os mais pobres, para diminuir a desigualdade social”. Ela também pediu que na discussão da reforma tributária seja estudado o tratamento tributário para as entidades filantrópicas e associações, consideradas uma grande alavanca para o progresso.

Zilda Arns lembrou que apenas na Pastoral há 270 mil voluntários que trabalham 24 horas por mês. “Se multiplicássemos isso, tendo como referência o salário mínimo, daria mais de R$ 78 milhões economizados para o país com pessoal capacitado trabalhando eficazmente”, assinalou.

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cézar Britto, reforçou a necessidade da reforma política, ressaltando que ela é “a mãe de todas as reformas”. Ele disse que é preciso valorizar a democracia representativa e fortalecer o parlamento, e lembrou a necessidade da participação do Poder Executivo nesse diálogo. “Se o governo não participar do diálogo, vamos perder mais um bonde da história”, disse Britto.

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, defendeu a necessidade urgente de reformas estruturastes para desburocratizar o país. Para ele, as reformas política, tributária, trabalhista e previdenciária são importantes para criar um cenário de confiança e competitividade no Brasil.

“Muito se discutiu e pouco se fez concretamente em relação às reformas, agora é hora de buscar conclusões”, defendeu o empresário.




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