Outro projeto aprovado ontem pela Câmara autoriza repasse de R$ 108,3 mil da Prefeitura para a Fundação Criança de São Bernardo. Na mesma matéria, havia também subsídio de R$ 420 mil para uma filial no município do Instituto Ação e Reação Nove de Julho, com sede na Capital paulista. Entretanto, essa verba foi retirada pelos vereadores, pois a instituição ainda não funciona na cidade.

Na sexta-feira, a reportagem esteve no imóvel onde a ONG estaria promovendo suas atividades. A residência da Rua Piracicaba, 61, bairro Rudge Ramos, estava fechada. Vizinhos informaram que não havia movimentação de pessoas no local há mais de um ano.

Para explicar a situação aos parlamentares e tentar reverter a rejeição ao projeto, estiveram na Câmara ontem o secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania, José Ferreira (PT), e o presidente do instituto, Edivaldo Pereira Alves, o Edy Rock, rapper do Racionais MC´s, que apoiou a candidatura do prefeito Luiz Marinho ao Paço no ano passado.

"A entidade, que já mantém convênio com a Prefeitura de São Paulo, está implantando o trabalho na cidade. Vamos formular novo projeto e enviá-lo para apreciação do Legislativo novamente", explicou Ferreira, ao acrescentar que o imóvel foi alugado pela ONG e será o centro administrativo do projeto social de atenção a crianças e jovens carentes - a intenção é promover atividades socioeducativas, culturais e de lazer em horário diferente ao das aulas.

OUTRAS MATÉRIAS - Numa outra matéria do Executivo, os vereadores aprovaram a transferência de R$ 2,5 milhões da Autarquia Rotativo São Bernardo - sistema de estacionamento controlado - para a Fundação Criança.

Outro repasse autorizado pelo Legislativo foi a verba de R$ 500 mil da administração para 30 associações que realizam ações culturais, educativas e sociais no município. Também fora avalizado uma cessão de plenário e a devolução de móveis dos antigos gabinetes da Câmara para a Prefeitura.

"Avançamos bastante e deixamos muitas propostas encaminhadas para votar amanhã (hoje)", considerou Tião Mateus (PT). A oposição sugeriu diversas correções nos projetos que devem ser atendidas pelo Executivo.