Economia Titulo Empresas
Readequação da fábrica é passo para crescer
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/08/2013 | 07:43
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


A aceitação dos produtos no mercado, com o impulso nas vendas, é o que toda empresa almeja, mas, às vezes, isso se torna um problema para os pequenos empresários. Como ampliar a produção, para atender o aumento da demanda, se as instalações começam a ficar apertadas? A solução pode passar pela transferência para outro imóvel ou, em opção normalmente menos custosa, por redesenhar a disposição dos maquinários, para aproveitar melhor o espaço. O fundamental é fazer o planejamento da demanda futura e a avaliação das instalações, já que, em muitos casos, os recursos são subutilizados e podem ser otimizados, avalia o consultor da regional do Sebrae-SP no Grande ABC Vitor Arantes de Moura.

A alternativa da readequação foi a adotada pela Mazurky, indústria de embalagens de papelão localizada em São Bernardo e que atende segmentos diversos (de autopeças, cosméticos, alimentícios e outros). A fabricante vinha em ritmo acelerado, de alta de 20% nas vendas, nos últimos anos. Porém, havia um obstáculo. “No fim do ano passado, vimos que estávamos próximos do limite (da capacidade) e tomamos a decisão de, além de investir em equipamentos, trabalhar no layout”, afirmou o diretor Eduardo Batistella Mazurkyewitz.

As mudanças demandaram estudo cuidadoso, com a montagem de maquete em miniatura. “Colocamos a fábrica em escala, com os maquinários, e chamamos gente especializada para nos orientar”, disse. A companhia, que ocupa área construída de 2.500 m², procurou rever a posição das máquinas e também ter melhores condições de logística. “Tínhamos problema de expedição, já que afunilava (a saída de produtos)”, citou.

O executivo assinala que as alterações deram resultado. “Conseguimos aumentar entre 30% e 40% a capacidade”, afirmou. Em 2013, a empresa, que já cresceu 26% em receita no primeiro quadrimestre ante mesmo período de 2012 e projeta alcançar R$ 20 milhões de faturamento no fechamento do ano, mantendo-se com o ritmo de cerca de 20% de evolução anual.

A readequação de uma fábrica, observa Moura, pode resolver dois problemas: permite produzir mais e também obter resultados melhores, com o aumento da eficiência.

NOVA FÁBRICA

Em outros casos, a solução pode passar por se transferir para nova sede. O consultor do Sebrae-SP assinala, no entanto, que a decisão de mudar para outro imóvel deve ocorrer depois que se percebe o aumento da procura. “A necessidade precisa vir primeiro”, diz.

Essa foi a avaliação que norteou a Steel Cozinhas, que tem sede em Santo André e que até o fim do ano vai se mudar para Ribeirão Pires, com investimento de R$ 4 milhões.

As vendas vêm aquecidas. A empresa tem como principais clientes hipermercados, restaurantes e órgãos públicos. Em Ribeirão, terá espaço bem mais amplo, de 9.000 m², ante os 1.500 m² de suas instalações atuais, para se adequar ao aumento da demanda.

A mudança também permitirá estruturar melhor o negócio. Serão três galpões, cada um dedicado a uma área: equipamentos de refrigeração, cocção e vitrines expositoras. O plano é ter, nesses espaços, linhas automatizadas para a produção em série. A perspectiva é duplicar a capacidade produtiva nas novas instalações e crescer entre 40% e 50% o faturamento.

Com a expansão, a fábrica, que faz hoje, entre outros itens, 150 geladeiras e 200 caldeirões por mês também vai necessitar de mais funcionários. Atualmente são 60 trabalhadores e a perspectiva é chegar a 200, afirma o sócio-diretor, Flávio Magri de Andrade. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;