As montadoras de motos apresentaram terça-feira, na abertura do Salão Duas Rodas, as novas estratégias comerciais para o mercado nacional de motocicletas e reforçaram os produtos lançados neste ano. A Honda, líder de mercado, apostou na ampliação da capacidade produtiva e no desenvolvimento da Estação de Pilotagem, para a marca interagir com os clientes.

Segundo o vice-presidente da Honda América do Sul, Kazuo Nozawa, a empresa investiu neste ano R$ 250 milhões para ampliar a produção da fábrica em Manaus para 1,5 milhão de unidades e já faz estudos sobre uma nova expansão.

“Temos que avaliar o mercado para os próximos cinco anos. Como nos últimos quatro anos o mercado esteve muito acima do desempenho de outros segmentos, acredito que no ano que vem haverá mais crescimento.” A faixa de investimentos da montadora no País nos últimos anos foi entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões por ano.

A Honda pretende encerrar 2007 com a venda de 1,278 milhão de unidades no mercado interno e 100 mil no mercado externo.

Nozawa também fala em planos para lançamento da tecnologia flex fuel para motos. “Estamos desenvolvendo nossa própria tecnologia, mas não sei precisar quando será lançada”, observa.

Kasinski - Nesse sentido, a Kasinski apresentou junto com a Magneti Marelli o protótipo da motocicleta Seta 125 com o sistema multicombustível. Para o desenvolvimento de tecnologias para redução de emissões, a empresa desembolsou cerca de US$ 150 mil.

Segundo o diretor-geral da Kasinski, Luiz Abad Neto, a produção neste ano chegará a 10.100 motos e, em 2008, atingirá a marca de 15 mil unidades. Abad Neto afirma que os investimentos para o ano que vem chegarão a US$ 1 milhão. “Em 2009, poderemos ampliar a fábrica, vai depender da demanda do mercado”, observa.

Já a vice-líder de mercado, a Yamaha, pretende produzir 260 mil unidades neste ano e 350 mil no ano que vem. A montadora trouxe como inovação a moto conceito FC-me, movida a célula de combustível, com índice zero de emissão.