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Moda: Paris exibe coleções de Lacroix, Givenchy e Chanel
Da AFP
09/07/2003 | 11:15
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Os desfiles da alta-costura que vêm sendo realizados em Paris (e terminam nesta quinta) trouxe mais novidades nesta quarta. Christian Lacroix propôs para o inverno de 2003 e 2004 uma moda sensual e feminina em meio a uma explosão de cores, enquanto Givenchy apresentou clones de Audrey Hepburn; Karl Lagerfeld imaginou para Chanel falsas freiras, que sob os hábitos sérios usam calças-botas de couro.

Christian Lacroix se inspirou nos flamencos que chegaram à corte espanhola com Carlos V. O estilista fez vibrar a alta-costura com seus casacos com brocados, enfeitados com renda metálica ou lamê sépia que cobriu vestidos leves e lisos, além da renda inspirada na lençaria.

As jaquetas se cobriram de luz e de reflexos metálicos. O bolero-armadura de brocado preto e prata foi suavizado por um curto vestido de musselina natural. Um corsete branco foi coberto de renda preta com camadas de pérolas de azeviche, enquanto um vestido-calça rosa liso e cinza pérola foi enfeitado com bordados e rendas.

As peles adotaram volumes poucos habituais, como o casaco-capa de raposa vermelha com decote esculpido ou o casacão largo de raposa violeta. A renda foi obrigatória, alternando plumas e pérolas negras.

Já na coleção de Givenchy, como na temporada passada, as modelos levaram os nomes de títulos dos filmes de Audrey Hepburn, musa do fundador da grife.

O preto, cor preferida da atriz, reinou este ano. A silhueta inspirou cada detalhe: os terninhos justos, o casaco com cintura desenhada e depois mais largo, a parte de cima da roupa que combina com a saia comprida de listras. Tudo isso com refinada elegância.

Para a noite, Julien Macdonald, estilista da Maison, rompeu com a sobriedade no vestido escultural de viscose preta brilhante e plissada em cascata. A cor não está proibida e foi usada em um vestido azul-royal de musselina plissada.

Para a Chanel, o estilista Karl Lagerfeld fez com suas modelos uma histórica abadia de Paris, com falsa freiras, que sob roupas sérias, vestiam calças e botas de couro. A grife vestiu ainda a mulher do próximo inverno de preto e branco, com silhueta longilínea, com "stilettos pants" e calças-botas como uma peça só de couro.

"É mais Matrix que Medieval", resume o próprio Karl Lagerfeld. Mangas enormes, decotes armados, forrados com pele branca ou musselina, assim como o terninho de Chanel e saias que ficaram mais longas este ano e chegam até o joelho. O arminho lembra a neve em um vestido de festa de tweed branco e preto.

Para a noite, os "stilettos" brancos brilharam sob vestidos de musseline negra e leve ou longos casacos, enquanto que os vestidos princesa se combinam com sapatos parcialmente transparentes.




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