Política Titulo Volta às urnas
Marcelo Oliveira garante disputa com Atila no segundo turno em Mauá

Desde 1996, PT emplaca nome para esta etapa da votação

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
16/11/2020 | 01:39
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Soraia Abreu Pedrozo/DGABC


 "A conversa vai ser com o povo. Vamos dialogar com todo mundo, e pedir voto inclusive para eleitores do Atila (Jacomussi)", disse o vereador petista Marcelo Oliveira ao garantir vaga no segundo turno ao Paço de Mauá, quando questionado sobre a quem pedirá apoio.

Sobre a apreensão da disputa voto a voto com seu principal rival, o ex-juiz João Veríssimo (PSD), para disputar o comando do Paço mauaense com Atila, Oliveira disse que, pelo fato de o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter apresentado problema no ritmo da apuração, ele ficou um bom tempo esperando, quase empatado com o ex-juiz aos 18%, então Veríssimo ficou um tempo a frente dele, com quase 20% e, de repente, o resultado: os 38.330 sufrágios, ou 19,84% do total, inverteram a vantagem e lhe garantiram vaga na disputa ao segundo turno. Veríssimo terminou com 19,50% do total (37.675 votos) e, Atila, com 36,48% (70.490).

Há 24 anos, desde 1996, o PT emplaca candidato para o segundo turno."Não deu tempo nem de esquentar o coração. É o reconhecimento de nosso trabalho. Agradeço muito também a Oswaldo Dias (marido de sua vice, Celia, que foi cogitado ao cargo, mas descartado por causa da instabilidade de sua condição jurídica). Foi uma campanha humilde, mas com muito carinho e dedicação", afirmou. "Queremos tirar Mauá do total abandono em que ela se encontra e amanhã já vamos para a rua."

DERROTA

Veríssimo, por sua vez, preferiu não se pronunciar sobre a derrota nem a respeito de quem poderia apoiar no segundo turno. O ex-juiz, que concorreu pela primeira vez a cargo público, teve passagens como secretário de Governo de Alaíde Damo (MDB), vice-prefeita de Mauá, nas vezes em que ela assumiu a gestão devido aos afastamentos de Atila. Atila foi detido duas vezes em operações da PF (Polícia Federal), primeira vez acusado de desviar recursos de contratos da merenda escolar e depois por pagar mensalinho a vereadores. Cassado na sequência. Ele reverteu todas as ações na Justiça.

No entanto, a política corre no sangue dos Veríssimo. Só que em partidos opostos. Sua mãe, Celcina Pereira Fernandes, foi a primeira vereadora do PT em Mauá, entre 1983 e 1988. Ela também participou da fundação do partido na cidades. Seu irmão, Rômulo Fernandes, foi secretário na gestão do ex-prefeito Donisete Braga. E é atual presidente do diretório do PT em Mauá, que apoiou Oliveira.




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