Desde 1996, PT emplaca nome para esta etapa da votação
"A conversa vai ser com o povo. Vamos dialogar com todo mundo, e pedir voto inclusive para eleitores do Atila (Jacomussi)", disse o vereador petista Marcelo Oliveira ao garantir vaga no segundo turno ao Paço de Mauá, quando questionado sobre a quem pedirá apoio.
Sobre a apreensão da disputa voto a voto com seu principal rival, o ex-juiz João Veríssimo (PSD), para disputar o comando do Paço mauaense com Atila, Oliveira disse que, pelo fato de o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter apresentado problema no ritmo da apuração, ele ficou um bom tempo esperando, quase empatado com o ex-juiz aos 18%, então Veríssimo ficou um tempo a frente dele, com quase 20% e, de repente, o resultado: os 38.330 sufrágios, ou 19,84% do total, inverteram a vantagem e lhe garantiram vaga na disputa ao segundo turno. Veríssimo terminou com 19,50% do total (37.675 votos) e, Atila, com 36,48% (70.490).
Há 24 anos, desde 1996, o PT emplaca candidato para o segundo turno."Não deu tempo nem de esquentar o coração. É o reconhecimento de nosso trabalho. Agradeço muito também a Oswaldo Dias (marido de sua vice, Celia, que foi cogitado ao cargo, mas descartado por causa da instabilidade de sua condição jurídica). Foi uma campanha humilde, mas com muito carinho e dedicação", afirmou. "Queremos tirar Mauá do total abandono em que ela se encontra e amanhã já vamos para a rua."
DERROTA
Veríssimo, por sua vez, preferiu não se pronunciar sobre a derrota nem a respeito de quem poderia apoiar no segundo turno. O ex-juiz, que concorreu pela primeira vez a cargo público, teve passagens como secretário de Governo de Alaíde Damo (MDB), vice-prefeita de Mauá, nas vezes em que ela assumiu a gestão devido aos afastamentos de Atila. Atila foi detido duas vezes em operações da PF (Polícia Federal), primeira vez acusado de desviar recursos de contratos da merenda escolar e depois por pagar mensalinho a vereadores. Cassado na sequência. Ele reverteu todas as ações na Justiça.
No entanto, a política corre no sangue dos Veríssimo. Só que em partidos opostos. Sua mãe, Celcina Pereira Fernandes, foi a primeira vereadora do PT em Mauá, entre 1983 e 1988. Ela também participou da fundação do partido na cidades. Seu irmão, Rômulo Fernandes, foi secretário na gestão do ex-prefeito Donisete Braga. E é atual presidente do diretório do PT em Mauá, que apoiou Oliveira.
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