"O fluxo de caixa das operações deve recuar a níveis não vistos na última década", disse Debora Jalles, diretora da Fitch, em comunicado da agência. Segundo ela, a queda na demanda, o aumento do desemprego, a persistente alta inflação e as taxas de juros, os preços fracos das commodities, a volatilidade cambial e o aperto nos mercados de crédito se somaram "para criar uma tempestade perfeita", em meio à qual as empresas brasileiras se veem.
De acordo com a Fitch, apenas 19% dos emissores tem uma capacidade forte para suportar os desafios de 2016 sem uma piora significativo em seus perfis de crédito. A previsão é que os rebaixamentos superem as elevações de rating em uma proporção de 10 para 1 neste ano entre as empresas do País, comparado com uma proporção de 4,4 para 1 em 2015, de 2,8 para 1 em 2014 e de 0,5 para 1 no período entre 2004 e 2013.
A Fitch diz que 53% de seu portfólio corporativo brasileiro tem perspectiva negativa. Por outro lado, apenas 6% dele tem perspectiva positiva.
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