Pelé garante não estar magoado com a iniciativa do atacante do Real Madrid. "Pelo contrário: foi bom, pois o brasileiro tem a memória curta e já tinha esquecido os gols que eu tinha feito na Seleção e agora o Ronaldinho lembrou".
O Atleta do Século contou que estava na Europa quando Ronaldo revelou a intenção de pedir a recontagem dos gols. "Eu achei uma coisa bonita, pois ele disse que pretendia alcançar o ídolo dele, o Pelé". Ele garante não haver motivos para a polêmica, como a suscitada na imprensa brasileira. "Qualquer pessoa tem de pensar para cima, grande, e isso é uma honra para mim", repetiu.
Brasileirão – Pelé fez uma defesa enfática da atual forma de disputa do Campeonato Brasileiro – que pela primeira vez usa o sistema de pontos corridos. "Não fazendo dessa maneira, iríamos na contramão, pois o mundo todo faz assim. Está provado que é o sistema ideal", disse. Para Pelé, o torcedor está deixando de ir aos estádios por conta da desorganização do futebol brasileiro e não pelo sistema de disputa do campeonato. "A queda na média de público não tem nada a ver com a fórmula de disputa e sim com falta de organização".
O ex-jogador comentou também sobre a grande quantidade de técnicos demitidos no Brasileiro. "Na época em que eu estive no ministério (dos Esportes), pedi para fazer aprovar uma lei que proibisse o técnico a dirigir uma equipe diferente à que ele estava dirigindo no inicio do campeonato, como ocorre com os jogadores". Para ele, não é justo que um técnico treine uma equipe, que a conheça bem, e depois vá dirigir um time adversário. "Isso é uma falta de inteligência muito grande da administração do futebol".
Pelé esteve em Salvador como garoto propagando do Laboratório Pfizer num congresso nacional de cardiologia. Há dois anos e meio ele faz propaganda para os remédios que tratam da impotência sexual e acha que está conseguindo mudar a mentalidade dos homens em relação ao assunto.
"Sabemos que aumentou em 50% o número de pacientes que procuram médicos e na consulta falam sobre um eventual problema de disfunção erétil isso significa que estamos quebrando esse tabu", observou. O ex-jogador disse que pensou muito antes de associar seu nome à essa campanha, mas foi convencido da importância dela pelos médicos da Pfizer nos Estados Unidos. "Recebo propostas milionárias para fazer propaganda de cigarros e bebidas e nunca aceitei pois acredito que não posso passar mensagens desse tipo", disse.
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