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Crise afeta vendas de veículos na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
10/10/2008 | 07:01
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As vendas de veículos no Grande ABC deram uma parada neste mês, segundo lojistas de concessionárias de marca e também revendedores independentes (as chamadas lojas multimarcas) ouvidos pelo Diário. A avaliação é que tanto o mercado de carros zero-quilômetro quanto o de usados sentiram o impacto das notícias da crise financeira internacional, que estaria assustando o consumidor. Além disso, nos últimos dias, houve alterações nas condições de crédito.

Os revendedores frisam que as elevações das taxas de juros não foram expressivas, mas têm havido mudanças também em prazos e nas formas do financiamento.

"Antes tínhamos financiamento total para planos de até 60 meses, agora é preciso dar entrada de 30%", afirmou Nelson Gomes da Silva, dono da Nelsinho Multimarcas, localizada no Global Auto Shoppping, de Santo André. Ele destaca ainda que os juros subiram neste mês, indo, por exemplo, de 2%, para 2,2% mensais.

Silva acrescenta que, com as novas condições de pagamento e as notícias da crise, não está havendo vendas em outubro, por enquanto. Outra loja, a Santa Terezinha Veículos, de Santo André, fez a comercialização de apenas três carros até agora no mês. "Normalmente, já teríamos vendido uns dez", disse o vendedor, Cristiano Kern.

A retração também foi observada em revendas de marca. O gerente da Fiat Paulimar, Armando Abbondanza cita que o mercado de usados já estava mais difícil que o dos zero-quilômetro, mas em ambos houve uma paralisia. Na loja, as taxas de seminovos subiram de 1,70% ao mês para 1,90% e as de novos passaram de 1,50% para 1,60%.

EXPECTATIVA - Dados da Assovesp (Associação dos Revendedores Independentes de Veículos do Estado de São Paulo), divulgados na quinta-feira, mostram uma alta de 5% nas vendas de usados em setembro frente a agosto no Grande ABC,

Para o presidente da associação, George Chahade, depois da retomada no mês passado, o momento é de expectativa e de cautela. "Precisamos ver como a situação vai ficar. É hora de as lojas tentarem políticas de vendas mais agressivas. O consumidor vai ter maior poder de barganha", afirmou.




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