Aumento na folha de pagamento se refere à demanda de 22 categorias diferentes do Paço
O Plano de Cargos, Carreira e Salários do funcionalismo público de Santo André deve ter impacto financeiro de R$ 84 milhões ao ano na folha. O valor do montante levantado pelo governo Carlos Grana (PT) tende a adiar a concretização do acordo.
São 144 categorias na totalidade, das quais 22 setores diferentes pleiteiam algum tipo de mudança. Grana estabeleceu prazo de 180 dias para a definição do plano a partir do reajuste salarial, que finaliza em novembro.
O secretário de Administração e Modernização, Antônio Leite (PT), afirmou que a proposta pode estar bem delineada já no fim de setembro. Segundo ele, a consolidação do plano depende, especialmente, das condições econômicas – a gestão petista recebeu dívida de R$ 117 milhões. “Hoje, estamos com dificuldades. Isso pesa (na decisão)”, admitiu o titular, que mantém regularmente mesa de tratativas com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André.
Leite frisou que categorias, como de fisioterapeutas, tiveram redução da jornada de trabalho com diminuição de salário. A solicitação é de adequações com outras áreas que não sofreram abatimento na remuneração.
Outra alteração disputada faz parte da reivindicação dos motoristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que possuem contra-cheque inferior aos condutores de ambulância. “Eles querem isonomia dos salários. Definiremos as áreas para tentar equalizar (os problemas).”
Entre outros requerimentos da lista estão engenheiros, arquitetos e tecnólogos, agentes de trânsito e GCM (Guarda Civil Municipal). Os guardas, por exemplo, pedem aumento do índice de periculosidade, ampliando de 25% para 30%. São 16.051 funcionários ativos e inativos das administrações direta e indireta. A Prefeitura gasta R$ 602 milhões com folha de pagamento. Isso representa quase 37% da Receita Corrente Líquida.
A princípio, Grana frisou que não ouviu o secretário a respeito de valores, mencionando que há o compromisso com o Sindserv de iniciar o processo de diálogo, que cobra política de equiparação salarial. “O serviço público possui alguns desequilíbrios. Primeiramente, precisamos corrigir essas distorções. Passei a vida inteira pleiteando (como sindicalista). Por isso, há atenção especial com o sindicato.”
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