O prefeito de Diadema e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, realizou caminhada ontem à noite pelo centro comercial da cidade e encontrou o empresário Filipe dos Anjos, denunciante de suposta extorsão sofrida por ambulantes no bairro Serraria a pedido de aliados do secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB).

Em fevereiro, Filipe dos Anjos afirmou ao Diário que Adelson e os socialistas Frank Miller e Manoel Antônio Ferreira Santos, conhecido como Tonny Telles, contrataram seu estabelecimento no bairro Serraria, mas não pagaram o combinado. Além disso, garantiu que Tonny Telles cobrava taxa ilegal de ambulantes em troca de informações privilegiadas sobre fiscalização. O caso resultou em investigação na Polícia Civil e no Ministério Público, além de sindicância aberta pela Prefeitura. Ainda não há conclusões sobre a situação, Adelson se mantém à frente da Secretaria de Segurança Alimentar e Frank Miller será candidato a vereador pelo PSB.

Desde a eclosão do caso, Filipe dos Anjos vem questionando a manutenção de Adelson no primeiro escalão nas redes sociais. Mas, para Reali, reclamou da falta de estacionamentos para clientes. "Temos dificuldade de acesso e de carga e descarga de materiais."

"Precisamos de acesso rotativo. É dificuldade", reconheceu o petista, que revelou negociações com o governo do Estado para desapropriação do 24º batalhão de polícia, no Centro, e transformar a área em estacionamento rotativo.

Pouco tempo depois, Reali foi abordado por outro comerciante, com estabelecimento na Praça Castello Branco, próximo ao Terminal Diadema. "A praça está muito feia, prefeito. Precisa arrumar", cobrou Francesco Dibuono, há 51 anos no município. "O (José de) Filippi (deputado federal pelo PT e ex-prefeito) é meu amigo, mas prometeu isso diversas vezes e nunca fez o que pedi", emendou.

O chefe do Executivo assegurou verba de Brasília para melhorar a região, além de ações de paisagismo para embelezar a praça.

Crise financeira - Reali fez discurso pautado na crise econômica enfrentada por diversos países da zona do euro. "Não vamos enfrentar essa crise debaixo da cama. Lidaremos com ela de cabeça erguida. Seremos maior que ela e Diadema vai fazer sua parte", afiançou.

O prefeito usou argumentos do ex-presidente Lula (PT) e da presidente Dilma Rousseff (PT) ao citar que o mercado interno continuará aquecendo a economia nacional.