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Venda de veículo usado na região cresce até 40% em agosto
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
15/09/2010 | 07:22
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A venda de veículos usados, a exemplo dos zero-quilômetro, segue a passos largos nos País. Em agosto, foram contabilizadas 787.196 transferências de carros, crescimento de 25,63% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostram os números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Na região, as concessionárias que vendem usados também registram expansão importante nas vendas em agosto. De acordo com o gerente seminovos Vinicius Paoleschi de uma loja na região, houve incremento de 40% no desempenho.

"A diferença em relação a 2009 e ao início do ano foi gritante. E a tendência é que o cenário continue muito bem", avalia o gestor responsável pela categoria de uma rede localizada na região.

De acordo com o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, o negócio de carros usados é reflexo da venda dos novos. "Se o interessado não vende seu veículo usado para um particular antes de adquirir o novo, ele o deixa na concessionária."

Assim como o estoque de zero-quilômetro está alto, também é perceptível que as revendedoras de usados também estão queimando os veículos parados no pátio. O executivo da entidade acrescenta que este cenário deve-se à economia bastante aquecida.

Taxa de juros - O gerente de seminovos de outra concessionária em São Bernardo pontua que as taxas de juros para financiamento estão mais baixas, inclusive para os usados. "Em agosto verificamos que houve estabilidade na taxa", diz Renato Amaral.

Na comparação com agosto de 2009, o aumento nas vendas alcançou 30%. Segundo o gestor, a volta da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os automóveis novos elevou a procura dos consumidores pelos usados.

O presidente da Fenabrave afirma que o financiamento de veículos usados está atraindo mais as instituições financeiras. "Tanto para zero-quilômetros quanto para usados, as taxas estão mais baixas neste ano."

Foi justamente essa condição melhor que levou Bruno Aiello, 25 anos, a comprar um veículo usado no mês passado. "Comparei a taxa que paguei pelo carro novo que comprei em 2008, antes da crise, e a taxa de juros que consegui com o banco foi ainda mais baixa."

Aiello destaca que o modelo comprado em 2008 desvalorizou mais de 20%. Ele acredita que o preço de tabela do seu automóvel atual não deverá cair tanto como aconteceu com o anterior.




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