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Protesto de metalúrgicos reúne 10 mil na Anchieta

Funcionários de montadoras exigem a manutenção dos empregos nas fábricas

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
02/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Trabalhadores das montadoras Ford, Mercedes-Benz e Scania fizeram ontem protesto na Via Anchieta para cobrar medidas de proteção ao emprego. O ato ocorreu na altura do Km 13,5, em São Bernardo. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que organizou a manifestação, cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes.

Juntas, as três empresas empregam aproximadamente 19,6 mil pessoas na cidade. A preocupação da categoria se dá porque as três montadoras anunciaram ter excedente de mão de obra avaliado em cerca de 4.000 trabalhadores. Além disso, o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) na Mercedes venceu nesta semana e na Ford irá expirar no fim do mês e a companhia sinalizou que não pretende prorrogá-lo. O plano foi lançado no ano passado pelo governo federal e permite a redução temporária de salários e carga horária durante períodos de crise.

“O recado é claro: se demitirem, faremos greve. Esse encaminhamento foi aprovado por unanimidade”, afirmou o presidente do sindicato, Rafael Marques, que destaca que, além do PPE, outras ferramentas podem ser utilizadas para preservar os postos de trabalho, como as licenças remuneradas e lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho). O sindicalista acrescenta que a entidade também não se opõe aos PDVs (Programas de Demissão Voluntária).

“As empresas não podem utilizar esse momento de crise para eliminar postos de trabalho. O mercado ainda não dá sinais de recuperação em curtíssimo prazo, mas deve haver alguma melhoria para 2017. Ou seja, não tem cabimento demitir agora”, enfatiza Marques.

VOLKSWAGEN

A produção na fábrica de São Bernardo da Volkswagen foi novamente suspensa ontem por problemas no fornecimento de bancos automotivos da empresa Keiper, que possui unidade em Mauá. O atraso na entrega dos materiais já foi parar na Justiça. Mesmo assim, a situação ainda não foi solucionada. Segundo a montadora, a irregularidade fez com que a planta ficasse parada por 56 dias entre março de 2015 e maio deste ano. 




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