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Metalúrgicos pressionam a Magnet
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
Com AE
14/10/2004 | 09:40
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Cerca de 50 metalúrgicos da Manufatura de Metais Magnet, de São Bernardo, paralisaram nesta quarta as atividades na empresa, após assembléia realizada para discutir a campanha salarial da categoria. Os metalúrgicos pedem reajuste salarial de 9,57% (que inclui reposição da inflação, mais 4% de aumento real) e mudança da data-base de novembro para setembro.

De acordo com Adair Carlos da Cruz, assessor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Manufatura de Metais Magnet ofereceu aos trabalhadores apenas a reposição da inflação. Nesta quinta, às 7h, os metalúrgicos realizam nova assembléia para discutir sobre a continuidade ou a paralisação da greve.

A FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos) promove nesta quinta reunião dos metalúrgicos do Grupo 9 (máquinas, eletroeletrônicos e outros) com o sindicato patronal. Nesta sexta será a vez do Grupo 10 (mecânica, funilaria, iluminação, estamparia e outros). De acordo com José Lopez Feijóo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o momento é de tentativa para que as negociações da categoria avancem. "Vamos esperar os resultados da reunião", afirma. Segundo Feijóo, não estão programadas mais paralisações na região nesta semana.

Petroleiros - Nesta quinta, os petroleiros se reúnem para fazer um balanço das assembléias realizadas em todas as bases da Petrobras no país. "Além disso, iremos discutir os próximos passos do movimento e se implementaremos os indicativos de greve a partir do dia 19", afirma João Antônio de Moraes, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo. A categoria reivindica reajuste de 13,2% para todos os funcionários, incluindo aposentados. A proposta da Petrobras, que foi rejeitada pela categoria, era de 12,1% apenas para os empregados em atividade.

Bancários - Fracassou a nova tentativa do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de intermediar um acordo entre bancários em greve e os bancos oficiais federais. A audiência de conciliação foi marcada nesta quarta pelo presidente do TST, ministro Vantuil Abdala, com os representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e dos bancários. O julgamento do dissídio coletivo do BB e da Caixa deve ocorrer no dia 21. A greve completa nesta quinta 30 dias.

Na audiência, que ocorreu separadamente com o BB e com a Caixa, o presidente do TST fez a mesma proposta: abono de R$ 1 mil, acréscimo de 1% aos índices já oferecidos pelos bancos e garantia de que os dias parados não seriam descontados. A Caixa não quis negociar e o BB deixou claro que não pode arcar com abono e reajuste extra.




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