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Bancários intensificam movimento grevista na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/10/2010 | 07:06
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Os bancários estão intensificando o movimento de paralisação para pressionar o setor financeiro a conceder reajuste salarial de 11%, que inclui reposição da inflação mais aumento real.

Ontem, sexto dia de mobilização, 125 agências ficaram com as portas fechadas, mais do que as 116 de terça-feira, e que corresponde a 35% do total de estabelecimentos (350) do segmento no Grande ABC.

O sindicato reforçou a mobilização ontem em bairros de Santo André, com o objetivo de ampliar as paralisações. Para a presidente da entidade regional, Maria Rita Serrano, o maior número de bancos fechados mostra a insatisfação da categoria, que luta por melhores salários e condições de trabalho e ainda aguarda nova proposta dos banqueiros.

NO PAÍS
Em todo o País, a greve também vem crescendo. Já superou o número de agências fechadas em comparação ao ano passado, totalizando, até ontem, 7.437.

Houve também aumento considerável em relação às 3.864 unidades paradas no primeiro dia de greve, quarta-feira. Foi uma evolução de 92,5%, de acordo com o presidente da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro.

Segundo ele, o fortalecimento da greve mostra que a adesão dos bancários é crescente, em razão da "postura intransigente" da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Além do aumento de 11%, a categoria reivindica PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.000, elevação do piso salarial, aumento do vale-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio-creche, auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, entre outros pontos.

PLENÁRIA
O Sindicato dos Bancários do ABC realiza nova plenária hoje, às 16h, em sua sede (Rua Xavier de Toledo, 268, Centro, Santo André), para avaliar os rumos do movimento. Os empregados do setor aguardam avanços na negociação.

Na segunda-feira, o comando nacional dos bancários enviou carta ao presidente da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), Fábio Barbosa, reafirmando a disposição de negociar para buscar acordo "que atenda à expectativa" da categoria e repudiando a postura das instituições financeiras, de apostar no confronto com práticas antissindicais para tentar enfraquecer o movimento dos trabalhadores.

A Fenaban mantém, até agora, a proposta de conceder apenas a reposição da inflação do período (4,29%). (com AE)




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