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Intenção de adquirir produtos no varejo recua
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
16/04/2010 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


O fim dos benefícios fiscais para bens duráveis e semiduráveis, como automóveis e itens de linha branca, e o aumento das compras a prazo provocaram queda na intenção de compra do consumidor. Entre abril e junho, a disposição das pessoas para adquirir novos produtos caiu 2,6 pontos percentuais em relação ao patamar de janeiro a março deste ano.

De acordo com o Provar (Programa de Administração do Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Administração), 74,6% dos entrevistados irão às compras neste trimestre, ante 77,2% dos três primeiros meses do ano. Frente ao segundo trimestre de 2009, o índice aponta alta de 2,2 pontos percentuais.

Segundo o coordenador do Provar, Nuno Fouto, a tendência era de que ocorresse esfriamento, pois o ritmo de consumo estava muito alto. "Para o Dia das Mães, a expectativa ainda é ter desempenho melhor em relação ao registrado no ano passado." Se o cenário permanecer estável com prazos alongados de pagamentos e juros diminuindo, o consumidor continuará gastando.

Os maiores crescimentos percentuais na intenção de compra para o período ante o segundo trimestre de 2009 ficaram por conta das categorias de eletroportáteis (300%), telefonia e celulares (84,8%), materiais de construção (39,1%) e eletroeletrônicos (16,3%). Enquanto isso, foi identificada quedas em informática (24%), linha branca (17,2%), móveis (8%) e automóveis (7,9%).

Em termos de intenção de gastos frente a 2009, a categoria de material de construção teve alta de 163,3%, para R$ 6.539. Em seguida aparecem móveis, com aumento de 100,7%, para R$ 1.636.

Nuno comenta que tem menos gente interessada em comprar material de construção, mas os que vão adquiri-los devem investir mais neste trimestre.

Entre os automóveis, a pretensão de gasto aumentou 42,8%, para R$ 22,6 mil; e telefonia e celulares, com crescimento de 30,5%, para R$ 365. "A massa salarial da indústria tem se recuperado bem, diferentemente do ano passado. Enquanto isso, as taxas de desemprego se mostram estáveis", salienta.




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