Antes de chegar a Santo André, o jornalista Mário Maurici de Lima Moraes foi prefeito de Franco da Rocha (SP), de 1993 a 1996, e vereador no mesmo município. À época, Maurici não conseguiu fazer o sucessor na cidade.

Assim, em 1997, o ex-prefeito chegou à administração andreense, quando começou, ainda na gestão de Celso Daniel (morto em 2002), como secretário de Comunicação.

Após a morte de Celso Daniel, o prefeito João Avamileno nomeou Maurici como secretário de Governo, contando com a habilidade de alguém que já havia tido experência em cargos públicos e ainda tivesse a facilidade de comunicação.

A troca aconteceu logo após a saída de Gilberto Carvalho (então titular) da Prefeitura para trabalhar na campanha de Lula. À época, a Administração passava por período conturbado devido a denúncias.

O trabalho de Maurici nessa época o credenciou para ser indicado como presidente da Ceagesp, mas ele recusou para permanecer na função de secretário.

Durante o tempo em que permaneceu na Prefeitura, Maurici foi considerado o supersecretário de Avamileno. Era conselheiro do prefeito e tinha o papel de blindá-lo contra pedidos e demais solicitações. Por desempenhar esses papéis, Maurici era chamado de “prefeito de fato”.

As brigas começaram em março deste ano, durante uma reunião do conselho político de João Avamileno. Na ocasião, Maurici e o deputado estadual Vanderlei Siraque protagonizaram uma discussão acalorada recheada de acusações mútuas.

O bate-boca quase terminou em briga após Siraque, que é pré-candidato do partido à sucessão de Avamileno, dizer que Maurici estava usando a máquina administrativa em favor da mulher, a vice-prefeita Ivete Garcia, também pré-candidata.