Política Titulo Arco de aliados
Com perda de governabilidade, Lauro espera por bom senso de vereadores

Chefe do Executivo sinaliza que não tentará recuperar maioria na Câmara

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
06/10/2015 | 07:00
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Em desvantagem na Câmara, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), adiantou que não buscará recompor seu arco de aliados até o fim de seu mandato, que termina em 31 de dezembro de 2016.

Hoje, dos 21 vereadores do Legislativo diademense, 11 estão alinhados ao bloco oposição, que é liderado pelo PT – possui seis parlamentares. Também fazem parte da ala contrária à gestão do PV a bancada do PRB, formada por Vaguinho do Conselho, Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes, além de Célio Boi (sem partido) e Cida Ferreira (PMDB).

A base governista conta com nove integrantes, das bancadas do PV, PSDB e os vereadores Luiz Paulo Salgado (PR), Reinaldo Meira (PSC) e Talabi Fahel (sem partido).

“Se há minoria na Câmara, não significa que meu governo está ruim. Só mostra que tem projetos e que tem pessoas que estão vislumbrando outras coisas. Pessoas que sempre foram aliadas do PT. Não me assusta. Os vereadores têm de ter responsabilidade com cidade”, considerou Lauro.

Eleito em 2012, o chefe do Executivo se confrontou com dificuldades em formar sua base de sustentação. De imediato, Lauro tinha adesão dos quatro vereadores do PV e dois do PSDB. Para eleição à presidência da Câmara – ocorrida em janeiro de 2013 –, o verde conseguiu captar as adesões do PSB e do PMDB. No entanto, o esforço foi insuficiente e a oposição venceu ao eleger Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), como chefe do Legislativo. Com o petista no comando da Casa, o prefeito foi sofrendo derrotas.

O chefe do Executivo garantiu de vez a governabilidade somente no fim do primeiro semestre do ano passado, após conquistar bancada do PR, com a nomeação de José Carlos Gonçalves, à época presidente do partido, para o comando da Secretaria de Transporte. O desenho do Legislativo ficou 15 votos para o governo e seis para os oposicionistas.

A superioridade, porém, durou pouco. Após eleição de outubro, Lauro perdeu o apoio do PSB e do PMDB. A derrocada veio no primeiro semestre deste ano, com a saída do PRB.

“Existe a responsabilidade de pensar na cidade. Se eles vão ficar pensando no Lauro, a pauta política não terá contribuição em nada”, disse o verde.




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