O julgamento de seis ex-prisioneiros franceses da base americana de Guantánamo (Cuba), acusados de "associação com grupo organizado para a preparação de ação terrorista", começou nesta segunda-feira, num tribunal de Paris.

Murad Benchellali, de 25 anos, Nizar Sassi, de 26, Brahim Yadel, de 36, Imad Achab Kanuni, de 29, Jaled Ben Mustafá, de 34 e Reduan Jalid, de 38, vão prestar depoimento até 12 de julho.

Capturados no Paquistão e no Afeganistão em 2001, depois do ataque americano e da queda do regime dos talibãs, foram transferidos a Guantánamo no início de fevereiro de 2002.

Depois de interrogados no local pelo serviço de contra-espionagem francês, os acusados foram enviados à França. Após vários meses de prisão preventiva, cinco dos seis ex-prisioneiros foram deixados em liberdade condicional.

Segundo a acusação, eles usaram de formas clandestinas para passar por Londres e para viajar ao Afeganistão, onde continuam um treinamento das técnicas de terrorismo em acampamentos de Osama Bin Laden, para combater depois, junto aos talibãs, ou voltar para seu lugar de origem para cometer atos terroristas.

Os advogados da defesa, que dizem que os acusados tiveram o azar de estar no lugar errado no momento errado, afirmaram que a viagem não tinha outro objetivo senão conhecer o país muçulmano.