Política Titulo
Deputado eleito pelo PT de MG deixa a Polícia Federal
Do Diário OnLine
28/11/2006 | 11:10
Compartilhar notícia


O deputado federal eleito Juvenil Alves (PT-MG), preso na última semana sob a acusação de participar de uma quadrilha especializada em crimes financeiros, deixou na madrugada desta terça-feira a carceragem da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Belo Horizonte, após vencido o prazo de prisão temporária.

Alves, 47 anos, deputado federal do PT mais votado em Minas (110.651 mil votos.), seria líder de todo o esquema que teria causado um rombo nos cofres públicos de mais de R$ 1 bilhão, de acordo com informações da própria PF. As fraudes eram comandadas dos seus escritórios de advocacia em Belo Horizonte e em São Paulo. No entanto, por ainda não ter foro privilegiado, já que assume o cargo somente em 2007, Juvenil Alves poderá ser preso novamente se a Justiça achar necessário.

PT – O PT de Minas Gerais resolveu suspender provisoriamente o deputado federal eleito, logo após sua prisão. Em nota, o PT mineiro afirmou que a decisão de afastar de forma preventiva e temporária Juvenil Alves foi tomada com o aval de Marco Aurélio Garcia, presidente interino do partido e coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Juvenil foi eleito com  

“A Direção reafirma surpresa com o acontecimento, dada a recente filiação de Juvenil Alves ao PT, datada de setembro de 2004 e avalizada pela credibilidade e confiança de alguns membros partidários. A direção partidária tem notícia de que as investigações feitas até o momento pela Polícia Federal indicam procedimentos referentes à vida privada de Juvenil Alves”, disse o comunicado.

Quadrilha –
De acordo com a PF, os criminosos detidos  são acusados de fazer uso de empresas fora do país (off-shore), estabelecidas no Uruguai e na Espanha, para ocultar e dissimular valores e bens dos empresários brasileiros. Os  escritórios de advocacia investigados realizavam todos os trânsitos burocráticos das empresas envolvidas, tanto no exterior quanto no Brasil, além de constituírem empresas de fachada e contratar pessoas que nada tinham a ver com o esquema, os chamados 'laranjas', para atender a burocracia dos países.

Para a Operação Castelhana, realizada na última quinta-feira pela Polícia Federal, foram recrutados aproximadamente 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal. As ações acontecem nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas e no Distrito Federal. As prisões, buscas e seqüestros de bens foram deferidos  pelo  Juízo  Federal da Vara Especializada em 'Lavagem de Dinheiro' de Belo Horizonte.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;