A decisão do governo federal de retirar o desconto de 40% no imposto de importação de autopeças, concedido a montadoras de veículos e fabricantes de sistemas automotivos, deve elevar os custos da indústria automobilística brasileira e tornar o carro nacional menos competitivo.

A afirmação é do presidente da General Motors Mercosul, Jaime Ardila, que sugere a continuidade do desconto, de forma diferenciada: apenas para peças ainda não produzidas no Brasil, que vão no processo de fabricação de modelos novos, por exemplo. "A Anfavea (a associação das montadoras) vai discutir isso com o governo", afirma.

O executivo ressalta que a importação de componentes, no caso da GM, mesmo com o câmbio favorável (o real mais forte frente ao dólar) não está aumentando e que o índice de nacionalização (de fabricantes brasileiros) é, em média, de 80%. "Não importamos da China", acrescenta.