O vice-presidente do Governo Mariano Rajoy, declarou nesta sexta-feira, depois do conselho de ministros semanal, que a chegada nesta quinta-feira de alguns soldados marroquinos à ilhota de Perejil, perto do enclave espanhol de Ceuta, é um ato "incompatível" com o tratado de amizade e cooperação entre ambos países.
Para um porta-voz da Comissão Européia, o incidente provocado entre Espanha e Marrocos pela instalação de militares marroquinos em um ilhote espanhol "é uma violação da integridade territorial espanhola", mas sua solução corresponde aos países afetados.
A presença marroquina no ilhote de Perejil, na costa marroquina, "é uma violação da integridade territorial espanhola, é uma questão de soberania antes de tudo", declarou o porta-voz, que considerou o fato "lamentável".
A nova chanceler espanhola, Ana Palacio, disse que a situação é 'muito séria' e vai contra um tratado de 1991. Ela pediu a volta “à situação anterior'.
O Marrocos não vai retirar os militares que instalou em um posto da ilha de Perejil, reivindicada pela Espanha, nas águas do Mediterrâneo.
A ilha de Perejil foi libertada em 1956, quando terminou o protetorado espanhol sobre a região Norte do reino. Segundo uma autoridade marroquina, o reino de Marrocos não tem "nenhuma intenção de dramatizar" o assunto.
Esta ilhota "tão grande como um estádio de futebol" está sob soberania marroquina e os militares marroquinos estão aqui "com todo seu direito", por simples "questão de circunstância", afirmou a autoridade, segundo a agência France Presse.
A decisão de Marrocos de instalar um "posto de vigia" não é nenhuma provocação, nem uma ameaça à Espanha", disse.
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