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México e EUA discutem problema da água na América
Do Diario OnLine
09/10/2002 | 14:23
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O conflito entre México e Estados Unidos sobre a repartição da água do rio Bravo ressurgiu na semana passada, com renovadas exigências de Washington, trazendo à tona os graves problemas hídricos que o continente enfrenta, um tema que os especialistas debatem a partir desta quarta-feira, na capital mexicana.

O fórum 'Água para as Américas no Século 21', que se prolongará até sexta-feira, reúne ministros e autoridades do setor para debater propostas sobre uma melhor utilização destes recursos. Ao mesmo tempo, os participantes tentarão harmonizar os elementos para uma declaração ministerial da América, que unifique posições para o Terceiro Fórum Mundial da Água, que se realizará em Kyoto, no Japão, em 2003, segundo um comunicado da organização.

Embora nos últimos meses as chuvas tenham aumentado o volume de água nas represas do Norte do México e nos afluentes do rio Bravo (na fronteira com os EUA), este país não poderá cobrir a dívida que tem com o governo dos EUA, reconhece a Comissão Nacional da Água.

Os Estados Unidos exigem do México um pagamento de 1,7 bilhão de metros cúbicos, correspondente ao ciclo de cinco anos que terminou em setembro passado, mas os mexicanos, embora não neguem o débito, dizem que não têm recursos suficientes para cobri-lo.

Por um acordo firmado em 1944, para regulamentar as atividades agrícolas nas duas fronteiras, anualmente os Estados Unidos devem entregar ao México 1,850 bilhão de metros cúbicos de água do rio Colorado (Oeste) e o México deve fornecer aos Estados Unidos 432 milhões de metros cúbicos de água do rio Bravo (Centro e Leste). As águas dos rios Colorado e Bravo são sustento para 31 milhões de pessoas dos dois lados da fronteira.

Até agora, os Estados Unidos cumpriram seu compromisso, mas o México acumula uma dívida de cinco anos e é difícil que possa saldar suas obrigações, considerando que os Estados do Norte do país são afetados por uma seca que já se prolonga por 10 anos.




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