O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, avalia que uma possível elevaçao da taxa de juros americana - em torno de 0,25 ponto percentual ou 0,50 - nao preocupa a indústria brasileira do ponto de vista concreto, mas pode causar um "impacto psicológico". "Corremos o risco de uma pequena migraçao de recursos de volta ao país de origem, nada muito significativo. Mas isso também cria um impacto psicológico que pode trazer como pior resultado a mudança na taxa de juros brasileira", disse Piva.

Entre os cenários prejudiciais para a indústria nacional Piva aponta a perda da possibilidade de uma reduçao consistente como é o objetivo da Fiesp, até a elevaçao da taxa de juros. "Isso me preocupa há cabeças delirantes em Brasília que imaginam que os juros teriam que subir. Mas eu nao acho que uma pequena reduçao vá criar dificuldades ou pressao inflacionária".

Segundo o presidente da Fiesp, o momento atual nao registra indícios de pressao inflacionária, seja do lado da demanda, seja do lado da oferta. "O poder de compra está baixo, o endividamento das famílias ainda está alto e os preços públicos estao estáveis. Entao nao há razao para termos uma pressao inflacionária adicional, por isso é um bom momento para que se aponte uma reduçao da taxa de juros", disse.