O presidente da Câmara de São Bernardo, Hiroyuki Minami (PSDB), ainda não conseguiu resolver o imbróglio envolvendo a conta de telefone da Câmara deixada pelo antecessor Otávio Manente (que morreu em abril de 2011).

Embora tenha saldado o débito de R$ 502 mil com Embratel (telefones fixos) e Vivo (celulares), Minami alega que não consegue saber quanto cada vereador gastou porque tem em mãos o valor global da conta e, desse modo, não tem condições de saber quanto cada gabinete gastou. "Pedi que fosse descriminado celular por celular. Só assim saberemos o gabinete que ultrapassou o limite", disse Minami.

A conta chegou a R$ 605 mil, mas após negociações com as operadoras houve desconto de R$ 103 mil. Na época, Otávio contestava os valores cobrados e a forma de controle das empresas sobre as ligações, já que não havia separação do uso dos aparelhos de cada parlamentar.

Segundo Minami, a empresa de telefonia celular está com dificuldades para fornecer as contas individuais. "Nos pediram um prazo que já está expirando. Fizemos uma notificação extraoficial. Se eles não fizerem, entraremos com ação judicial, porque eu não posso ficar com dúvida", disse o tucano.

O chefe do Legislativo justifica que o contrato com a operadora é da Câmara, e que a relação com os gabinetes é que precisa ser resolvida.

Além da pendência financeira, ventila-se que a empresa de celular não foi avisada que, com a dívida paga, o contrato fosse encerrado. Com isso, os serviços teriam tido continuidade, com encaminhamento das faturas para a Câmara. A conta já estaria novamente em R$ 300 mil.

Minami negou os comentários e reafirmou que os débitos foram quitados e não há mais débitos.