"É importante conceder um tempo para que Carlos Mesa se organize, para que se possa recolher as propostas com as bases e apresentá-las ao presidente", disse Morales. Ele comemorou o compromisso formulado por Mesa em seu discurso de posse "de promover um referendo" sobre a exploração das jazidas de gás bolivianas.
Menos flexível que Morales, o líder dos camponeses aimaras, Felipe Quispe, disse que Mesa "já falou muito e não disse nada". A Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia (CSUTCB) "não vai levantar o bloqueio das estradas", que mantém há mais de um mês no altiplano andino.
"Não vamos deixar de marchar, não vamos suspender a greve de fome" até que Mesa atenda nossa pauta de reivindicações de 70 pontos", pendente desde abril de 2000. Mesa "tem que anular a lei Tributária (promulgada há dois meses por Sánchez de Lozada), a lei de Capitalização e a lei da Previdência Social".
Felipe Quispe disse que o novo presidente "vai ter os mesmos problemas que Sánchez de Lozada porque não é um bom político e não vai conseguir solucionar a crise" boliviana. O líder indígena exigiu uma reunião com Mesa "já nesta segunda-feira".
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.