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Venda de consórcio sobe 21,4% em 2010
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
08/01/2011 | 07:32
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Caio Arruda/DGABC


A vendas de consórcios de veículos foram o principal mote do setor em 2010. Dados da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio) mostram que entre janeiro e novembro do ano passado cerca de 20% da frota de veículos comercializada correspondeu a contemplações do setor. No período o segmento teve crescimento de 21,4% e fez com que 800 mil automóveis fossem colocados em circulação.

Além disso, o crescimento foi massivo em todas as outras frentes. Em imóveis, os números registrados foram 11,4% melhores, enquanto o novato segmento de serviços cresce a olhos vistos, com melhora de 85,2%.

 "Foi um ano excepcional. Tanto na comercialização de cotas quanto em contemplações. Só para se teR ideia, atualmente temos cerca de 1,1 milhão de participantes ativos dentro do segmento de automóveis, que já está no mercado há quase 50 anos, já as vendas de cotas de imóveis, que são relativamente novas, já possuem 578 mil participantes em menos de dez anos de vendas", aponta o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi.

Para ele, apesar de o acesso ao crédito ter sido facilitado ao longo dos anos, o consórcio deve manter o ritmo de crescimento baseado nas mudanças, como a utilização do FGTS tanto para pagamento do lance quanto para a amortização das dívidas, que foi permitida em fevereiro de 2010.

 "Temos taxas muito mais baixas do que as de financiamento, que hoje são de cerca de 2% ao mês. Assim, o consórcio é uma maneira fácil de se conquistar hoje os grandes sonhos de consumo do brasileiro que são o carro zero e a casa própria", aponta.

Baseado em estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que mostra que metade da população do País já possui automóvel, Rossi lembra que o consórcio de veículos é líder no segmento porque foi uma das primeiras formas de adquirir o bem no Brasil. "As próprias montadoras viabilizavam isso quando o crédito era caro. Hoje, mesmo com as facilidades, muitos consumidores planejam a compra para evitar sustos."

A expectativa do setor é de que com as mudanças anunciadas no crédito acima de 24 parcelas - com taxas de juros de cerca de 2% e necessidade de entrada para evitar altas ainda maiores - o consórcio tenha expansão, em 2011, de pelo menos 7%.

 "O crescimento pode ser maior, mas não acreditamos numa explosão na busca pelo consórcio. Preferimos ser conservadores", conclui.




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