Política Titulo Convênio médico
Tião renova por 60 dias com NotreDame

Extensão do contrato dos planos de saúde para funcionários
do Legislativo de São Bernardo terá o valor de R$ 591,8 mil

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/04/2013 | 10:20
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Orlando Filho/DGABC


O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), prorrogou por 60 dias o polêmico contrato com a NotreDame Seguradora, empresa responsável pelo plano de saúde dos funcionários do Legislativo. Por mais dois meses, ela receberá R$ 591,8 mil. A publicação foi confirmada ontem, no Diário Oficial da cidade.

Segundo Tião Mateus, será a última extensão no convênio, pois representantes da NotreDame já informaram o desejo de romper o acordo com a Casa. "Eles disseram que, nos moldes atuais, têm prejuízo", atestou o petista, que abrirá licitação nas próximas semanas para definição de nova prestadora de serviço. "Vou falar com os departamentos da Casa para dar agilidade ao processo e oferecer tranquilidade aos servidores."

Em fevereiro, Tião anulou licitação em que a NotreDame sagrou-se vencedora para manter por 90 dias o acordo com a mesma operadora, que tinha mais vantagens. À ocasião, o petista alegou que a proposta da empresa no processo licitatório era menor por não envolver atendimento em hospitais de referência, algo que estava garantido no convênio firmado anteriormente e que expirou em dezembro.

A justificativa do presidente da Casa na época era que a prorrogação serviria como avaliação dos serviços prestados pela NotreDame. "Nesse período (de 90 dias), a empresa se prontificou a manter o mesmo padrão de atendimento do contrato antigo. Se isso não acontecer, vamos rescindir o contrato e abrir outro processo licitatório", garantiu, dois meses atrás.

Agora, o novo aditamento terá validade até o dia 11 de junho. A empresa atende aproximadamente 800 pessoas, entre vereadores, assessores e dependentes.

Imbróglio

A polêmica recaiu no preço contratado pela Câmara de São Bernardo no início do ano. Pelo contrato que vigorava até dezembro, a NotreDame oferecia os serviços por R$ 341,8 mil mensais, em que o plano básico era de R$ 322,79 por mês e o plano superior era de R$ 387,36.

Pela proposta na licitação, a operadora se comprometia a trabalhar com preços de R$ 271,80 (plano básico) a R$ 326,17 (plano superior), demandando R$ 280,3 mil mensais aos cofres legislativos, já englobando os custos dos sete novos vereadores, seus assessores e dependentes.

A sugestão vencedora, no entanto, descredenciava os hospitais Anchieta e São Bernardo. Como muitos dependentes do plano de saúde faziam tratamento nesses dois complexos hospitalares, Tião decidiu cancelar o certame, para dar vantagens aos funcionários.

 




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