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EUA: governo não quer status de prisioneiro de guerra a chofer de Bin Laden
Da AFP
09/12/2004 | 08:36
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O governo dos Estados Unidos apelou nesta quarta-feira da decisão de um tribunal civil federal para que se conceda statu de prisioneiro de guerra, como contempla a Convenção de Genebra, ao ex-chofer do líder terrorista Osama bin Laden, preso em Guantánamo.

"A decisão tomada no princípio de novembro por um juiz de Washington constitui uma extraordinária intrusão no poder do Executivo, em sua condução das operações militares para defender os Estados Unidos", destacou o governo norte-americano, em uma carta entregue à Corte de Apelações do Distrito de Columbia.

Esta corte de apelações havia pedido à administração do presidente americano Geroge W. Bush que no dia 8 de dezembro justificasse as razões pelas quais desejava que o ex-chofer da rede terrorista Al Qaeda fosse julgado por um tribunal militar de exceção em Guantánamo, base dos EUA em Cuba.

O processo do iemenita Salim Ahmed Hamdan, o primeiro de um detido de Guantánamo, deveria ser iniciado no dia 7 de dezembro, mas foi oficialmente suspenso à espera do resultado da apelação do Pentágono ante a Justiça civil, segundo informou uma fonte próxima ao Pentágono.

O juiz James Robertson, do tribunal civil federal de Washington, afirmou que Hamdan poderia ser julgado por delitos somente através de uma corte marcial clássica. Para o governo norte-americano, os supostos membros da Al Qaeda e dos talibãs são combatentes inimigos e não prisioneiros de guerra, já que não lutaram por um Estado que tenha declarado oficialmente guerra aos EUA.

A decisão da Corte de Apelações de Columbia sobre o caso de Hamdan pode ter repercussão no destino dos cerca de 500 detidos em Guantánamo.




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