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Setor de bens de capital pode demitir 4 mil no Grande ABC

No País, postos em risco chegam a 50 mil; Abimaq e centrais sindicais buscam minimizar impactos

Michele Loureiro
Com Agências
16/06/2009 | 07:00
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A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) afirmou que 4 mil empregos podem ser encerrados na região nos próximos seis meses. "O Grande ABC concentra cerca de 300 fabricantes de máquinas, mas sem incentivo fiscal do governo muitas delas devem falir. No País, o número de postos de trabalho encerrados pode chegar a 50 mil", lamentou o vice-presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza.

Para tentar solucionar a questão, representantes da Abimaq, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de sindicatos metalúrgicos filiados à Força Sindical se reuniram na quinta-feira para debater alternativas a fim de minimizar os impactos da crise financeira internacional no setor de bens de capital.

Os empresários afirmaram que a queda de 0,8% no PIB (Produto Interno Bruto ) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no primeiro trimestre, acentuou o agravamento da crise no setor de máquinas, que no período de outubro de 2008 a junho de 2009 registrou o fechamento de 22 mil postos de trabalho, cerca de 10% do total de trabalhadores da cadeia (250,214 mil). "Estes números são preocupantes, por isso, queremos debater com o governo federal medidas emergenciais para reverter este quadro", afirmou o presidente da Abimaq, Luis Aubert Neto.

Na reunião, os representantes dos empresários e dos trabalhadores definiram como estratégia solicitar audiências com os Ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Miguel Jorge e do Trabalho, Carlos Lupi.

A ideia é propor a desoneração tributária no setor de bens de capital, com a contrapartida da manutenção dos postos de trabalho.

O presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT, Valmir Marques, salientou que de fato a crise mundial atingiu de forma diferenciada alguns setores econômicos, como foi o caso do segmento de bens de capital, no entanto, frisou "que qualquer medida que venha a ser adotada é fundamental que tenha o compromisso de manter os empregos".

"O setor automotivo é um exemplo. Para se beneficiarem da redução no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), as montadoras assumiram a contrapartida de que não fariam demissões", lembrou.




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