A Tailândia desmentiu neste sábado, como nas ocasioes anteriores, a presença dos representantes do regime de Pol Pot em seu território, em particular de Khieu Samphan e Nuon Chea, os dois que atualmente estao livres no Camboja. "Já explicamos nossa posiçao em várias ocasioes. O Camboja já nos acusou disso e já rejeitamos essas acusaçoes", declarou o porta-voz do ministério tailandês das Relaçoes Exteriores, Kobsak Chutikul.
Kobsak admitiu, no entanto, que no passado muitos grupos eram aliados dos khmers vermelhos, e que estes grupos, na ocasiao, argumentavam com legitimidade que travavam uma guerra de libertaçao nacional, em alusao ao movimento de resistência ao qual pertenciam os khmers vermelhos, que combateram o regime pró-vietnamita de Phnom Penh entre 1979 e 1989 com o apoio de vários países, entre eles a Tailândia. "Mas tudo isso faz parte do passado", acrescentou.
As pressoes internacionais aumentaram sobre o primeiro-ministro cambojano depois que sua decisao de deixar Khieu Samphan e Nuon Chea em liberdade em nome da "reconciliaçao nacional", apesar dos crimes cometidos sob a ditadura de Pol Pot (cerca de dois milhoes de mortos entre 1975 e 1979). Diante dessas críticas, Hun Sen se defendeu acusando a Tailândia de complacência em relaçao aos chefes da guerrilha. "Nao dei qualquer garantia a ninguém de se vá conseguir fugir da justiça", alegou Hus Sen em um comunicado. Esta é a primeira vez que a Tailândia é acusada de forma tao explícita pelo governo cambojano.
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