Irmão de Tortorello, Pádua afirma que prefeito
jamais cogitaria não lançar nome da sigla ao Paço
O PTB de São Caetano já fala em lançar nome próprio à disputa pelo Paço em 2016. Irmão do prefeito Luiz Tortorello (morto em 2004), Pádua Tortorello (PTB) defende que, pelo histórico da legenda – governou a cidade por 30 anos –, “a vontade é ter candidatura” do partido na próxima eleição.
Pádua evoca as gestões petebistas de Hermógenes Walter Braido (1965 a 1969, 1973 a 1977 e 1983 a 1988) e de Tortorello (1989 a 1992, 1997 a 2000 e 2001 a 2004) para sustentar a participação do partido no páreo como cabeça de chapa no próximo ano.
“Temos de ter o pensamento forte como tiveram Braido e Tortorello. Se fosse hoje, eles jamais cogitariam a hipótese de o PTB deixar de lançar candidato a prefeito”, argumenta o petebista, que atuou nas gestões do irmão e integrou o grupo que, em 2004, elegeu José Auricchio Júnior (hoje no PSDB)como sucessor de Tortorello, também pelo PTB.
Embora os petebistas falem publicamente em disputar o Palácio da Cerâmica, nos bastidores o partido ainda estuda ocupar a vaga de vice na chapa do atual prefeito, Paulo Pinheiro (PMDB), que buscará a reeleição – o nome do presidente da Câmara, Paulo Bottura (PTB), é ventilado. “Nós temos nomes para lançarmos candidatos (ao Paço), como o dos vereadores Bottura, Gérsio (Sartori) ou Flávio Rstom. O Aparecido Viana (empresário do ramo imobiliário) também é cotado. Precisamos manter tradição do partido na cidade. Contudo, vamos continuar dialogando com todos os outros partidos”, frisou Pádua.
Protagonista no passado, o PTB são-caetanense corre para não virar coadjuvante no pleito de 2016, já que o cenário aponta para polarização entre Pinheiro e Auricchio. Desde que perdeu a eleição de 2012, quando a então candidata governista, Regina Maura Zetone (hoje no PSDB), foi derrotada pelo atual prefeito, a sigla ingressou no governo do peemedebista e reduziu sua influência no cenário político da cidade. Todos os parlamentares eleitos pelo partido aderiram à bancada governista – então no PTB, Jorge Salgado (hoje no Pros) foi escolhido como líder de governo.
A aproximação do PTB com a administração de Pinheiro aumentou após a saída de Auricchio dos quadros petebistas. Por projeto de rivalizar com o peemedebista, o ex-prefeito foi para o PSDB, onde brigará pelo retorno ao Palácio da Cerâmica. Irritado com a mudança, o deputado estadual Campos Machado, principal liderança petebista em São Paulo, já sentenciou a sigla fora do projeto do ex-gestor.
RETORNO AO PAÇO
Contratado no mês passado para atuar em cargo na Secretaria de Assuntos Jurídicos e, uma semana depois, exonerado sem antes iniciar o trabalho, Pádua afirmou que ainda aguarda definição de Pinheiro para possível retorno à administração, mas em função com caráter político e não técnico. Até o ano passado o petebista atuou como articulador do governo. Deixou o posto após polêmica briga com o vereador Chico Bento (PP), que ele diz ser episódio superado.
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