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Braço-direito de Mário Frias na
Cultura será candidato a estadual

Filiado ao PL, Felipe Carmona Cantera defende o legado da gestão e diz que irá trabalhar pela defesa das liberdades

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
26/06/2022 | 00:01
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DGABC/Claudinei Plaza


Ex-secretário nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual durante a gestão de Mário Frias no comando da Cultura nacional, Felipe Carmona Cantera (PL) terá, a partir de agora, uma missão tão ou mais desafiadora do que a que enfrentou quando aceitou quebrar paradigmas, retirar privilégios e moralizar, como ele diz, o setor cultural no País: vai disputar a eleição para deputado estadual na eleição de outubro, em uma dobrada justamente com seu ex-chefe, que sairá a deputado federal.

Advogado com atuação na área de auditoria e 2º tenente do Exército na reserva, o ex-dirigente da Cultura começou a se aproximar da família Bolsonaro em 2014. “Um amigo militar me falou do Eduardo Bolsonaro. E eu acabei ajudando na campanha dele a deputado federal”, contou. 

Assim que Bolsonaro ganhou para presidente, Cantera foi convidado para ser assessor da liderança do PSL (hoje União Brasil) na Assembleia, cargo ocupado por Gil Diniz. “Naquele momento, já fazia parte do grupo e era visto como um nome técnico.”

Quando Mário Frias assumiu a secretaria especial, no lugar de Regina Duarte, em junho de 2020, Felipe foi convidado para ser diretor de políticas regulatórias. Com o aval de Eduardo Bolsonaro, foi para Brasília. Depois, foi para o departamento de fiscalização, até assumir a secretaria nacional de Direitos Autorais. Braço-direito de Mário Frias, chegou a ocupar o cargo principal da pasta na ausência do secretário. Na visão dele, naquele momento estava traçado o caminho para assumir de vez quando Mário Frias deixasse o setor para disputar a eleição. Só que aí veio a convocação. “Teve esse chamado e aceitei. Meu partido é o presidente.”

Ele conta que um dos legados da gestão foi a de garantir o acesso à Lei Rouanet a artistas locais ou que ainda estejam começando. E tirar do foco os nomes consagrados. “O que fizeram com essa lei foi um absurdo. Só os amigos do Gilberto Gil recebiam”, afirmou. “Foi na gestão dele como ministro que acabou a prestação de contas dos recursos públicos.”

Segundo ele, as reclamações de muita gente tem justamente a ver com isso. “O governo Bolsonaro foi o que mais destinou verbas para a Cultura. Mas foi pulverizado, para o artista comum e não para Zeca Pagodinho, Daniela Mercury.” 

Hoje, o teto da Rouanet é de R$ 3.000 por apresentação do artista. Antes, era de R$ 500 mil. “R$ 3 mil é muito dinheiro. Se o artista quer ganhar mais, vai para a iniciativa privada.” No caso de filmes e eventos, ele garante que não há veto por questão ideológica, “A análise é objetiva. O que não pode é evento cultural com fins políticos.”

Muito mais do que a defesa da democratização da cultura,uma das principais bandeiras de Cantera é assegurar o direito às liberdades. “Minha missão foi garantir a liberdade de expressão no ambiente digital. Ninguém no governo concorda com censura. Mas só existe limite para o lado de quem apoia o presidente. As mídias sociais têm esse viés”, disse. “Vou defender liberdade de expressão, de pensamento e livre manifestação da arte.”




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