No início participava de torneios com um Gol GTS original, sem qualquer tipo de preparação. "Não tinha pretensão de sair ganhando provas. Apenas queria me divertir um pouco", revela. Hoje ainda participa dos eventos, mas possui um veículo muito mais adequado. Ele participa do Campeonato Brasileiro de Arrancada com um Gol turbinado, ano 93, com motor de Santana e potência estimada de 350 cv.
A dedicação do piloto influenciou os amigos Fábio Fratin e José Francisco dos Santos Júnior. Ambos são proprietários da oficina Racetech, de Santo André, e investem a maior parte do tempo na preparação de outro Gol turbinado, ano 92, 1.8 que rende perto de 300 cv, segundo eles. "Às vésperas de uma prova de arrancada, ficamos semanas verificando cada detalhe", diz Fábio.
Tamanha dedicação também gera problemas familiares para a dupla. "Minha família ainda não entende que isso é um esporte", conta Júnior. Fábio, outro que perdeu a namorada por conta da paixão por carros de competição, diz que infelizmente a imagem das provas de arrancadas ainda está muito associada aos rachas. "O preconceito com a modalidade só vai desaparecer com o tempo".
Ser federado e levar o assunto a sério exige certas posturas. Os veículos, por exemplo, são transportados de caminhão-cegonha para os locais de competição mesmo nas distâncias mais curtas. "Esses carros não rodam em qualquer tipo de piso. É preciso uma série de cuidados para não estragar nada", alerta Fábio.
A construção dos carros gera despesas altas. Marcos afirma que investiu R$ 12 mil na preparação do seu Gol, valor que não inclui o preço do carro. Já no Gol de Júnior e Fábio, as cifra já passa dos R$ 20 mil, desta vez já com o preço do automóvel incluído. "Compramos o carro em leilão, por isso saiu mais barato".
Como é feito para andar praticamente em linha reta, o Gol de arrancada não esterça direito e é difícil de dirigir. "Mas quando acelera, é uma beleza", comemora Marcos. Eles contam que com a preparação os carros chegam aos 100 km/h em cerca de 3 segundos. E no final de uma reta de 400m, como a do autódromo de Interlagos, passam dos 200 km/h. "Se a reta fosse maior, nossos carros chegariam fácil aos 240 km/h. Aí sim, seria bom", diz Júnior.
Serviço:
Drag Race Team Racetech - (11) 6762-1735
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